Por Fernando Brito em O Tijolaço –
Quem são os protagonistas da vida política brasileira, hoje?
Um bando de fanáticos, liderados por um fascistóide, capazes – e ele ainda mais – de pregar o armamento geral da população, como se estivéssemos num vilarejo do “Velho Oeste” e defender que cadeia e sangue são os remédios para o país.
E outro bando, de prepotentes, formado por policiais, promotores e juízes ameganhados, que exercitam seu poder de forma absolutista, uns e outros sabendo que alimentam-se mutuamente de poder, decidindo quem e em que momento vai ser lançado como carne aos cachorros pela mídia.
Que não faltam pecados a Michel Temer, a Paulo Maluf, a dúzias de outros, é sabido há muito tempo.
Nunca mereceram atenção de suas excelências e de suas meganhências.
O que ocorre hoje não é moralidade, nem mesmo acaso, sequer insenstez.
O pensamento fascista que passou se espalhar, como um bando de víboras, nas instituições repressivas está claramente voltado para uma perspectiva de poder.
Não é que não percebam que Jair Bolsonaro é uma ameaça autoritária para o Brasil.
Percebem-no e o desejam, senão com ele com uma versão mais “light”.
Há, claro, setores que não são assim, mas não se dispõem a assumir o enfrentamento: o medo da mídia e as amarras corporativas são tão fortes que os impedem.
Não conseguem enxergar que temos um único – e já improvável – caminho para barrar tal ameaça e, a seis meses das eleições, assistem mudos à crescente aceleração que “mela” qualquer outro resultado possível senão a ascensão de um monstrengo fascista: suprime-se Lula, dissolve-se o PMDB, os tucanos aniquilados já não são opção.
Dizem, orgulhosos, que agora sim, somos uma democracia.
Verdade que não há escolas para todos, hospitais para todos, trabalho e emprego para todos, progresso para todos. Mas, que maravilha, agora temos processos para todos, prisões para todos e, quem sabe, logo tenhamos balas de fuzil para todos.