O julgamento do recurso do caso Marina Kohler Harkot ocorrerá no dia 14/12/2022, no Tribunal De Justiça, praça da Sé, São Paulo.
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Na foto:#naofoiacidente: Familiares e amigos de Marina pedem justiça para ciclistas e pedestres assassinados por motoristas!
Familiares e amigos reunir-se-ão em frente ao tribunal de justiça, a partir das 8h30, para enfatizar a importância do réu ir a júri popular.
“Um telefonema muda a vida de uma família, amigos e pessoas próximas. E assim foi, quando recebemos a notícia da morte da nossa filha, Marina Kohler Harkot, de 28 anos, que escolheu São Paulo para morar, estudar e viver”, relata a mãe, Maria Claudia Kohler.
Marina pedalava de volta para sua casa quando um motorista bêbado e em alta velocidade a atropelou na Av. Paulo VI, Zona Oeste de São Paulo e, sem se dignar a parar, fugiu sem prestar socorro, escondeu o veículo na garagem e evadiu-se de sua casa em seguida.
José Maria da Costa Jr., o motorista, tornou-se réu em processo perante o Tribunal do Júri, acusado da prática de homicídio doloso qualificado, por ter causado perigo comum, fugir do local do sinistro para se eximir da responsabilidade do crime e dirigir sob efeito de álcool. O caso se arrasta há 25 meses, sem julgamento, prolongando a dor de familiares e pessoas que amavam Marina e que exigem justiça para o crime. Enquanto isso, José Maria responde em liberdade e continua sua vida normal como se nada tivesse ocorrido. A sensação de impunidade tem marcado esses e outros casos de sinistro de trânsito com vítimas graves e mortas no Brasil.
Paulo Garreta Harkot e Maria Claudia Kohler, pais da socióloga e cicloativista Marina Kohler Harkot assassinada por atropelamento em Novembro de 2020.
No próximo dia 14 de dezembro ocorrerá o julgamento do recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo, na Praça da Sé, São Paulo, SP, para o julgamento da procedência da determinação da juíza de decidiu que o tipo de crime do motorista José Maria da Costa Jr. caracterizou-se como dolo eventual.
O caso de Marina não é isolado. Hoje, no Brasil, três pessoas morrem por hora vítimas do trânsito. Mas não há estatísticas sobre a imensa impunidade no julgamento dos condutores que, a despeito de muitas vezes utilizarem o veículo como arma mortífera, continuam vivendo suas vidas como se nada tivesse ocorrido, ninguém morto, mutilado ou ferido e, nem tampouco, atingido os familiares e amigos das vítimas.
Os processos judiciais são extremamente complexos e morosos e, na maioria das vezes, terminam sem a punição merecida e necessária dos infratores.
É com esse propósito que familiares e amigos de Marina farão uma vigília no dia 14 de dezembro, a partir das 8h30, em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
“Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que o motorista que causou a morte de Marina não saia do julgamento impune, como em tantos outros casos semelhantes”, afirma Paulo Harkot, pai da socióloga e cicloativista.
Para a advogada da família de Marina, Dra. Priscila Pamela, “o que esperamos do julgamento é que seja mantida a decisão de 1o. grau, que confirma a prática de homicídio doloso por parte do réu, afastando mais uma vez, a inaceitável alegação de culpa”.
Ajude a amplificar nosso grito por justiça.
Venha nos encontrar na vigília por Marina no dia 14/12 às 08h30 em frente ao Tribunal de Justiça, na Praça da Sé.
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