O trabalho de Júnior Baladeira é um misto de influências e linguagens, atuando na arte
desde o início dos anos 2000, começou sua trajetória com a dança. Com a cultura Hip
Hop, iniciou um projeto ensinando dança de rua no meio da rua a crianças da cidade de Ouricuri,
Sertão de Pernambuco.
Algum tempo depois, iniciava sua atuação já na cultura popular,
formando grupos com jovens, crianças e idosos, transmitia os ensinamentos das tradições
nordestinas e expandia seus trabalhos além das ruas, agora adentrava com sua arte nas escolas,
programas sociais e uma infinidade de espaços onde pode incluir a arte.
Por volta de 2004 começou a fazer experimentos além da dança, incluído a música e a
literatura, rascunhava suas primeiras letras de Rap e versos de cordéis, assim, em 2010 lançou
seu primeiro trabalho, o Disco “Versos Alados”.
Nessa obra apresentou seu experimentos poéticos e a bagagem de influências do populares e urbanas, fundindo o Rap à Cultura Popular, fez o Hip Hop dialogar com aboios, baiões e outros ritmos nordestinos, no mesmo ano, lançou
seu primeiro livro de poesias com o título homônimo ao disco, os primeiros livretos de cordel
também foram lançados nessa época.
Nos anos de 2012 e 2016 Júnior Lançou respectivamente “A insistência poética dos
Diferentes” e “A Derrocada”, dois discos onde fortaleceu a ideia de fusão entre o Rap e os ritmos
populares, além de trazer diversos experimentos poéticos nas canções, toda essa época foi
também fazendo apresentações em diversos estados do país e mostrando sua poesia intensa e
uma convergência de ritmos e estética que o fez ser admirado por tantos seguidores.
A sua performance de Rap põe o público em uma atmosfera diferente, não é difícil
acompanhar rodas de coco e ciranda sendo abertas pelo público, a música se une a sua
expressividade na poesia oral que contagia o público.
A partir de 2020 o seu show passou acontecer não só com um DJ como tradicionalmente acontece no rap, mas sim com toda uma banda, melhoria que deu mais energia ao show e faz hoje os espectadores caminharem bem
entre o Rap, o Rock, o Reggae e os ritmos populares do Nordeste.
A oralidade poética é uma das expressões trazidas na arte de Júnior Baladeira, seja em
performances ao vivo ou em vídeos que disponibiliza na internet, ele mostra um arrojo único,
uma força que informa, emociona e diverte, suas obras autorais falam de personagens,
sentimentos, lembranças.
Um espetáculo que já pôde caminhar os 4 cantos do Brasil em eventos
literários, feiras culturais e outros, além do seu declamar, ele é também poeta cordelista e já
lançou algumas dezenas de obras sobre os mais diversos temas, recentemente iniciou no
Youtube a série “O cordel é desse jeito”, projeto onde ensina os caminhos para quem pretende
aprender um pouco mais sobre a confecção de versos de cordel.
Ao falarmos de Júnior temos que trazer suas duas versões, o artista que produz e roda
o Brasil com sua arte cheia de misturas e o Júnior que desenvolve nos Sertão do Araripe um
infinidade de projetos de inclusão com a cultura, entre essas ações está o Projeto Aricuri.
Iniciado por ele por ele em 2018, o projeto realiza atividades artísticas com crianças, jovens e idosos.
Assim, diversas expressões da cultura popular que há anos não aconteciam na região
voltaram a ser desenvolvidas. Linguagens urbanas, literatura e cineclube são algumas das
atividades desenvolvidas e coordenadas por Junior Baladeira.
@junior.baladeira
(87) 9 99883602
juniorbaladeira@yahooo.com.b
