Jurista Gisele Cittadino sobre Bolsonaro e a vacinação: um plano nacional ou sucumbimos à doença

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Por Gisele Cittadino, professora da PUC-Rio e integrante fundadora da  ABJD –  Associação Brasileira de Juristas pela Democracia
Charge: Milton César
Convido vocês a juntar as pontas soltas comigo. Bolsonaro desdenha da vacina todo santo dia. Ontem, a Pfizer soltou uma nota oficial informando que a ANVISA fez tantas exigências adicionais para aprovar o uso emergencial da vacina que a empresa preferiu desistir deste caminho e trilhar o procedimento do uso regular da vacina, o que atrasará muito a sua chegada no Brasil.
A empresa ainda acrescenta que como o governo brasileiro não fez nenhuma compra, a desistência do pedido do uso emergencial tampouco fará diferença.
Neste momento, acabo de ler no Estadão que o Ministério da Saúde não conseguiu comprar as seringas que desejava e, ao invés das 331 milhões, conseguiu adquirir um pouco menos de 8 milhões.
Estou começando a jogar mais fichas na aposta de que não teremos no Brasil um programa nacional de vacinação contra a COVID-19.
Alguns governos estaduais e municipais tomarão iniciativas – sabemos que vários já estão se movimentando neste sentido – mas não vamos obter sucesso na luta contra essa doença.
Como já esclareceram vários cientistas, ou o país enfrenta a doença a partir de um plano nacional ou vamos sucumbir.

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