Interrupção da gravidez foi recomendada por perícia médica e apoiada pelo Ministério Público
Compartihado de Brasil 247
247 – A comarca de Cabreúva do Tribunal de Justiça de São Paulo negou o aborto de um feto sem chances de vida extrauterina, obrigando uma mulher a seguir com a gestação. Na decisão, a juíza afirma que o sofrimento psicológico da mãe “não pode se sobrepor ao direito à vida do feto”.De acordo com Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, exames mostram que o feto não tem rins e está com seus pulmões comprometidos, além de que não há líquido amniótico.PUBLICIDADE
Médico nomeado pela Justiça para realizar perícia afirma que “não resta dúvida que o caso em tela se trata de grave caso de má-formação fetal, a agenesia renal bilateral, que é incompatível com a vida extrauterina”. Segundo o profissional, não há chance de reverter o quadro, uma vez que os sinais são “claros e conclusivos”.
A perícia aconselha a interrupção da gravidez a fim de se minimizar os riscos gestacionais e “possíveis distúrbios de saúde mental” para a mulher e seus familiares. O Ministério Público de São Paulo também se manifestou a favor da realização do procedimento.