Aconteceu com Cristina Kirchner o que o lavajatismo havia feito com Lula em 2018.
Por Moisés Mendes, compartilhado de DCM
foto: Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina. Foto: Reprodução
Às vésperas da eleição de setembro, quando a ex-presidente esperava ser eleita deputada por Buenos Aires, a Justiça determina sua prisão por uma condenação do ano passado a seis anos de cadeia.
Cristina, condenada por corrupção pela Suprema Corte tomada por juízes de direita e de extrema direita, a maioria com vínculos com o macrismo, tem cinco dias para se apresentar e ser encarcerada. Pode acontecer na Argentina, como reação popular, o que nunca acontece no Brasil.

Lula teve a vigília de Curitiba. A prisão de Cristina pode mobilizar o peronismo para algo muito maior. Há tensão em Buenos Aires.
Os argentinos não precisam dos nossos conselhos para saber o que fazer. Até porque aqui, hoje, a democracia depende mais de Alexandre de Moraes e de Lula do que de partidos, sindicatos, universidades, estudantes e movimentos sociais.
É a realidade brasileira, com suas exceções. Mas exceções não seguram uma democracia.
O jornal direitista La Nación estampa na capa que é o fim de uma era. Foi o que Folha, Globo e Estadão anunciaram quando encarceraram Lula para que a extrema direita chegasse ao poder.
Que a prisão de Cristina, se acontecer (a defesa tentará a prisão domiciliar), acorde e reabilite um país sequestrado pelo fascismo de um vigarista envolvido com as máfias das criptomoedas. Assim como a prisão de Lula acordou o Brasil.