Presidente da Câmara comprou propriedade de 50 mil metros quadrados com dinheiro em espécie administrado por assessor investigado pela Polícia Federal
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247 – Um acordo firmado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com uma família do interior de Alagoas reforça as suspeitas da Polícia Federal (PF) de que pagamentos de despesas pessoais do parlamentar teriam sido feitos por um assessor investigado por desvio de dinheiro público, diz a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
Documentos apreendidos com Luciano Cavalcante, considerado braço-direito de Lira, e com o motorista dele, Wanderson de Jesus, durante a Operação Hefesto, deflagrada no início de junho com o objetivo de investigar a suspeita de fraudes na compra de kits de robótica com recursos do Ministério da Educação, indicam que o mesmo assessor apontado como participante do esquema gerenciava um fundo utilizado para cobrir as contas de Lira.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação responsável pelas transferências de recursos sob investigação, era administrado na época pelos membros do PP, partido ao qual o presidente da Câmara é filiado. A PF suspeita que o esquema se estendia além disso, incluindo dinheiro desviado de outros órgãos administrados pelo partido.
No material apreendido pela PF, constam anotações com vários valores relacionados ao nome “Arthur”. Muitos desses valores indicam, de fato, despesas do presidente da Câmara, como as contas de um hotel em São Paulo, onde Lira costuma se hospedar, além de gastos com automóveis e até mesmo sessões de fisioterapia para o pai do deputado.