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Polícia Científica confirma que pesticida causou a morte de Morato
Intoxicação foi causada por composto organofosforado conhecido como chumbinho
Folha de Pernambuco, 30.06.16, 17h11m
Após a divulgação de que a causa da morte de Paulo César de Barros Morato foi envenenamento, feita com exclusividade pela Folha de Pernambuco, a Polícia Científica de Pernambuco confirmou a informação em um comunicado oficial.
O composto utilizado, segundo eles, é chamado de organofosforados, mais conhecido como chumbinho.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) convocou os jornalistas para falar sobre os procedimentos realizados no corpo do empresário na tarde desta quinta-feira (30).
No comunicado oficial, a Polícia Científica informou “que foram concluídos, além do exame de DNA, os exames histopatológico e toxicológico nas vísceras de Paulo César de Barros Morato, tendo sido constatada, neste último, como causa da morte: intoxicação exógena por organofosforado”.
Ainda de acordo com a nota oficial, “restam ser concluídas as perícias das imagens, papiloscópica, química, tanatoscópica e de local de morte a esclarecer”.
De acordo com o Gerente de Comunicação da SDS, Otávio Toscano, o corpo de Paulo Morato estará à disposição da família nesta sexta-feira (1).
“O exame toxicológico comprovou envenenamento por chumbinho. O exame histopatológico, que verifica se houve morte natural, deu negativo. E a análise química está sendo feita em uma garrafa de água encontrada perto do corpo”, destacou.
O gerente informou ainda que, em até dez dias, os laudos serão encaminhados para a Polícia Civil, que dará continuidade às investigações a respeito da morte.
O empresário era considerado o “testa de ferro” da organização criminosa suspeita de levar dinheiro para as campanhas do ex-governador Eduardo Campos e foi encontrado morto no dia 22 de junho, no Motel Tititi, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.
Investigações
Após divulgação do Exame de DNA, Histopatógico e Toxicológico nas vísceras de Paulo Morato, a Polícia Federal emitiu uma nota informando que, apesar da conclusão de morte por envenenamento, as investigações do caso continuam com a Polícia Civil.
O comunicado explicou que os policiais federais devem entrar no caso apenas se, ao final das investigações, os policiais civis constatem que o envenenamento foi criminoso.