Compartilhado de Jornal GGN –
Segundo o diário dos Marinho, a Lava Jato teve dúvida sobre a competência, pois a Oi e o Gamecorp são sediados no Rio de Janeiro
Jornal GGN – Ainda não está claro como a Lava Jato em Curitiba pretende justificar as investigações contra Lulinha, no caso Gamecorp.
Como o GGN mostrou aqui, parte dos negócios do grupo Gamecorp (que tem Lulinha entre os sócios) com a Oi/Telemar, já foi investigado em outros dois inquéritos, em São Paulo e Brasília.
Ambos foram arquivados em 2012 por falta de provas de que as transações entre as duas empresas tenham ocorrido em troca de decisões tomadas pelo ex-presidente Lula.
A inovação da turma de Curitiba em relação aos inquéritos arquivados a pedido do próprio Ministério Público, é a história, ainda sem provas, de que o sítio de Atibaia foi comprado com dinheiro ilícito repassado para o Gamecorp pela Oi.
Mais do que falta de provas para essa narrativa, a Lava Jato padece de falta de justificativa clara para lançar seus tentáculos sobre Lulinha.
E até o jornal O Globo, parceiro da Lava Jato, já publicou informação nesse sentido.
Segundo o diário dos Marinho, a Lava Jato teve dúvida sobre a competência jurídica para deflagrar a operação Mapa da Mina, pois a Oi e o Gamecorp são sediados no Rio de Janeiro.
A única coisa que está nas mãos da turma de Curitiba é “a origem da investigação sobre a Andrade Gutierrez, controladora da tele”.
Quando fez acordo com a Lava Jato, em 2015, a Andrade Gutierrez “assumiu o compromisso de promover investigações internas e esclarecer pontos trazido por investigadores.”
Ocorre que, questionado sobre os contratos com o grupo Gamecorp, o delator Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, assinou um termo chamado de “anexo negativo”, “em que atesta não ter conhecimento de ilícitos relacionados ao episódio” que supostamente envolve Lulinha.
Ou seja, até o momento, a Lava Jato em Curitiba não apresentou nenhum elemento que prove sua competência para investigar o filho do ex-presidente Lula no caso Gamecorp/Oi.