Tenho certeza que Guido Mantega aceitou as desculpas dos empresários que o xingaram, em um restaurante de São Paulo, por ser um sujeito nobre.
Nunca o conheci pessoalmente, mas acho que ele conduziu a economia com honestidade e sempre tive a impressão de que se trata, em todos os sentidos, de uma pessoa civilizada e gentil.
Levar adiante um processo judicial que envolveria tratar, sabe-se lá por quanto tempo, com dois ratos protofascistas que se acovardaram na primeira visita de um oficial de Justiça certamente não lhe pareceu uma situação acolhedora.
Mantega já havia sofrido agressão verbal semelhante no Hospital Albert Einstein, também em São Paulo, onde fora visitar um amigo doente.
Ainda assim, acho que ele errou.
Esses dois machões de manada, típicos linchadores da direita hidrofóbica paulistana, mereciam uma punição maior, mais grave e, principalmente, mais simbólica.
Até porque esse tipo de gente não toma o perdão como lição, mas como licença.