Escrevi no “Conversas com um jovem professor” (ed Contexto) : “…às vezes, muito raramente, o conhecimento encontra a educação. Quando isto acontece é uma das experiências mais marcantes para um professor. No olhar de um aluno, ou de muitos, ocorre aquela iluminação de sentido, aquela epifania que mencionei.
O conhecimento surge com a força original e transformadora que ele possui. Este momento justifica tudo e apaga todos os contratempos, como o sorriso de uma criança e…limina o cansaço dos pais. Naquele exato momento, você passou a fazer parte da vida daquela aluno e, mesmo que ele esqueça o sentido exato da iluminação, houve algo que estará lá para todo sempre. Naquele instante, eu fiz diferença. Fiz para sempre. (…) P
or que eu continuo professor? Porque eu faço muita diferença na vida de muita gente. Por mais babaca que pareça para muitos, este é meu tijolo na parede da cidadania que estamos construindo no Brasil. Estas coisas me fazem feliz. Sou professor porque sou feliz. Para mim, tem bastado ao longo dessas décadas. Basta para você?”
Trago isto aqui porque meus colegas do magistério estadual paulista acabam de sair de uma greve e os jornais publicam que foram “derrotados”. Se um professor for derrotado quem perde é a sociedade.
Se houve derrota foi nossa, de toda sociedade de São Paulo.