Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado
“Porque eu só preciso de pés livres, de mãos dadas e de olhos bem abertos” (Guimarães Rosa)
Praticar Guimarães Rosa tendo os pés livres, mãos dadas e olhos bem abertos deveria ser nossa missão humanista. Digo isso porque o encadeamento de encontros, de amizades, nos faz Guimarães Rosa no dia a dia. Vou contar aqui uma história que envolve uma garotada que despertou para Rosa em sua escola e um cineasta de 70 anos, totalmente “Guimarãesroseano”, que se deram as mãos via WhatsApp.
No nosso blog, dentro do projeto Sarau Delivery, para o qual artistas enviam vídeos para quem está no isolamento social, postamos em 07 de julho Valentim Frateschi e Maria Eduarda Coimbra cantando e tocando uma música criada pelo primeiro inspirada em “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa. Como faço rotineiramente nestes quase quatro meses de quarentena, envio a postagem via WhatsApp para os amigos que, igualmente, estão recolhidos.
Enviei para o cineasta Silvio Tendler e, de pronto, recebo um áudio dele, elogiando a garotada e enviando para o Valentim e parceiros o link do filme que fez em 2013: “Sujeito oculto na rota do Grande Sertão”.
O filme, com 27 minutos, refaz o percurso, 60 anos depois, do trajeto que o escritor fez pelo sertão de Minas Gerais, no qual se inspirou para escrever “Grande Sertão, Veredas” e “Corpo de Baile”.
Contada a história, aqui está o link do filme para vocês viajarem com Guimarães Rosa, sob a direção de Silvio Tendler, a companhia de boiadeiros e seus costumes e as vozes de Milton Nascimento e Zezé Motta.
https://www.youtube.com/watch?v=msVVw8–LOo&feature=youtu.be
Obrigado, Silvio. Obrigado Rosas – Guimarães e Ana Rosa Tendler
Veja aqui a postagem “Sarau Delivery, a arte na quarentena, apresenta Valentim Frateschi e Maria Eduarda Coimbra cantando o sertão, de Guimarães Rosa, que há dentro de nós”