Ler “Memória Guerreira não se Apaga Nunca”, de Samuel Aarão Reis, é viajar e bater um papo gostoso com o Samuca

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Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado

Como grande parte do mundo, estou de quarentena, recolhido no meu canto, participando desta guerra silenciosa e singular contra o coronavírus. Mas os livros tiram os meus pés de casa, me levam  a viajar pelo mundo. Um destes livros que me transportaram no tempo e na geografia nos últimos dias foi o volume 2 de “Memória Guerreira Não se Apaga Nunca”, de Samuel Aarão Reis.




Moro na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, mas no momento estou recolhido em São Paulo, com a minha companheira, Carmen, mais conhecida como Carmola.  O Samuca é meu amigo, uma honra, e também mora em Paquetá. A primeira edição do livro li em outra situação, numa época em que ninguém imaginava que seríamos afetados  por esta pandemia.

Pois bem, no primeiro livro, o Samuca me levou para o Chile e para a China, países para onde ele foi levado em razão da luta contra a ditadura militar. Agora, fui levado ao bairro de Santa Tereza (Rio) das década de 50 e 60 e, em detalhes, Moçambique, após a libertação do país africano do jugo salazarista.

O Samuca escreve gostoso, assim como fala. Ler Samuel Aarão Reis é como sentar numa mesa de bar ou na sala de estar dele e da Ana Muller (sua doce companheira lutadora).

Faltou, Samuel, o uisquinho, a caipirinha, o papo gostoso presencial, com a Baia da Guanabara, da barca, vistas de sua varanda. Mas, assim que a pandemia passar, voltaremos a bater um papo gostoso, usufruindo da hospitalidade do casal. Oferecido, eu?

Agora, só me resta agradecer pelo fato de você ter escrito este livro, ter pego na minha mão, dizendo: “vamos lá, Washington. Vem comigo conhecer um pouco da minha infância, dos meus irmãos e pais queridos. Vem saber como fui parar em Moçambique, como contribuí para a educação daquele povo lutador”.

Samuca, realmente você mostrou que memória guerreira não se apaga e você, pode ter certeza, já está inscrito na história daqueles que lutaram, colocaram suas vidas em risco por nós, por aqueles que acreditam num mundo melhor, mais justo, mais solidário.  Abração.

Beijo na Ana e na família.

 

Obs.: A segunda edição do “Memória Guerreira não se Apaga Nunca” será dispobilizada para entrega pelos Correios em breve.

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