Lideranças progressistas reagem ao aceno de Bolsonaro à intervenção militar

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Por Lucas Rocha, compartilhado da Revista Fórum – 

“Tem que sair com urgência!”, esbravejou Guilherme Boulos

A participação do presidente Jair Bolsonaro em manifestação convocada por apoiadores em favor de uma intervenção militar neste domingo (19) gerou revolta na oposição e alarmou lideranças de movimentos sociais, governadores e parlamentares.

“Bolsonaro participou hoje de manifestação em defesa do AI-5 em frente a um quartel. Todos os limites já foram ultrapassados. E sobram razões jurídicas para retirá-lo da presidência: fraude eleitoral, crimes de reponsabilidade e contra a saúde pública. Tem que sair com urgência!”, escreveu o líder do MTST e candidato do PSOL em 2018, Guilherme Boulos.




Fernando Haddad, candidato do PT às eleições de 2018, já é hora de pedir o “Fora Bolsonaro”. “O verme, mais uma vez, diz a que veio. Até quando os democratas suportarão tanta provocação, sem nada fazer? O dia do fora já chegou!”, escreveu.

Para o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), o presidente tenta desviar o foco do coronavírus. “Para desviar o foco de suas absurdas atitudes quanto ao coronavírus e a sua péssima gestão econômica, Bolsonaro resolve atiçar grupelhos para atacar a Constituição, as instituições e o regime democrático. Bolsonaro não sabe e não quer governar. Só quer poder e confusão”, declarou.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, também se manifestou pelo Twitter. “É inadmissível que o Presidente da República discurse em tom de apoio para manifestantes com cartazes que pedem volta da ditadura militar e do AI-5. O apóstolo da ignorância avança em seu projeto de destruição da democracia”, escreveu.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse que é hora de “salvar a democracia antes que seja tarde”. “Como dizem os ingleses, ENOUGH IS ENOUGH. Hora de providências. Salvar a democracia antes que seja tarde. Chega de levar na boa e tentar compor. A situação é muito grave, @STF_oficial, @SenadoFederal, @camaradeputados. Pandemia e conspiração não combinam”, tuitou.

Desmoralizado diante da opinião pública, o clã Bolsonaro parece preparar terreno para uma escalada autoritária. O ex-capitão insuflou os seguidores em aceno a uma escalada autoritária durante manifestação convocada em razão do Dia do Exército que pediu uma intervenção militar no país.

 “Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada, nós queremos é ação pelo Brasil. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção, têm que ser patriotas e acreditar, fazer sua parte, para colocar o Brasil num lugar de destaque e liderança”, afirmou.

 

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