Lisura eleitoral no Brasil está comprometida

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Por Janio de Freitas, por Jornal GGN – 

Jornal GGN – A lisura da eleição presidencial está comprometida pelo uso fraudulento da internet em benefício do candidato Jair Bolsonaro. Os resultados do disparo massivo de mensagens no WhatsApp para milhões de eleitores contra o seu oponente, Fernando Haddad (PT), usando inclusive notícias falsas, são irreparáveis e impagáveis, observa Janio de Freitas na coluna deste domingo (21) na Folha de S.Paulo.
Agora, o Judiciário foi colocado em uma situação de extrema responsabilidade diante desse quadro, mas Janio mostra preocupação com os passos que dali serão dados, ao lembrar que não só magistrados do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, mas também a Polícia Federal, comprometeram-se em facciosismos em eleições anteriores.
“São vários crimes associados e simultâneos que se mostram na revelação da repórter Patrícia Campos Mello de que empresas pagaram ao menos R$ 12 milhões por pacotes de disparos em massa de mensagens, no WhatsApp, contra Fernando Haddad (PT). Já se sabe que uma das empresas de informática capazes desse serviço, por exemplo o Dot Group, pode lançar mensagens para 80 milhões de pessoas”, reforça o articulista lembrando que gasto de empresas com candidatos é crime eleitoral, e todo o financiamento a candidato precisa ser declarado à Justiça Eleitoral.
“O uso de endereços eletrônicos deve ser fornecido pelo candidato ou seu partido, sendo ilegal a listagem com outra proveniência, como houve. Formação de quadrilha. Textos com falsidades, prática de fake news também ilegal. Abuso de poder econômico para influir no resultado de eleição. Embora o inventário possa continuar, já se tem aí o suficiente para deixar entalados os juízes dos tribunais superiores”, completa.
Janio pondera que a descoberta da fraude lança luz aos saltos nas pesquisas de intenção de voto que Bolsonaro alcançou na reta final deste pleito, “depois de sua demorada lerdeza nas pesquisas”, o que seria uma explicação mais convincente “do que o tal ódio antipetista”.
“Esse velho sentimento não contou com fatos repentinos e repetidos que o levassem a espraiar-se nos saltos de tantos milhões de eleitores conquistados, em intervalos de 48 ou 72 horas”, conclui Janio alertando que os ministros e juízes precisam se debruçar sobre o tema.
“Mas imaginar algum indício em tai s precedentes será esquecer as decisões que levaram à crise de prestígio do Supremo e às críticas ao Superior Eleitoral. Apoiador de Bolsonaro ou de Haddad, espere sem esperança. Pois é, Bolsonaro falou muito e à toa em fraude. Por algum motivo, fraude não lhe saía da cabeça”, conclui. Para ler a coluna na íntegra, clique aqui.  

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