Por Rafaela Lima, publicado em Metrópolis –
Junto ao presente, um bilhete. “Temos certeza que isso não impedirá a leitura atenta e apaixonada”
É verdade esse “bilete”! A livraria Leonardo da Vinci, do Rio de Janeiro, mandou uma edição do livro “A Metamorfose”, do escritor tcheco Kafka, para o ministro da Educação Abraham Weintraub. A edição, no entanto, veio com um detalhe a mais. Ou a menos, por melhor dizer.
A obra foi enviada serrada. Um bilhete encaminhado com o presente explicava a escolha. “Conhecendo seu apreço pela educação, em especial pela leitura de Franz Kafka, tomamos a liberdade de enviar para a vossa excelência um exemplar de uma nova edição do grande clássico do escritor tcheco de expressão alemã. Antecipadamente, pedimos desculpas pelo corte de 25% no livro, mas a situação das livrarias brasileiras está difícil. Temos certeza que isso não impedirá a leitura atenta e apaixonada.”
Kafka ou Kafta
Em uma audiência, na manhã do dia 7 de maio, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, onde apresentou as diretrizes e os programas prioritários da pasta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, cometeu um deslize que viralizou nas redes sociais.
Ao falar aos senadores que havia sofrido um processo administrativo “inquisitorial e sigiloso”, no qual foi “investigado, processado, julgado e inocentado” no período de um ano e 8 meses, o ministro confundiu Franz Kafka, escritor alemão autor de romances e contos, entre os quais “A Metamorfose”, com a iguaria de origem árabe kafta.
“Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso”, disse Weintraub sobre o processo do qual foi alvo. “Ou no livro do Kafta ou a Gestapo”, emendou.
Confira “Kafka” x “kafta” no vídeo divulgado pelo site O Antagonista: