Por Washington Luiz de Araújo, jornalista
Acabei de ler o livro da jornalista e escritora Luiza Villaméa, “A Torre – O cotidiano de mulheres encarceradas pela ditadura”. Gostei tanto da obra que vou reproduzir aqui pequenos textos extraídos do Facebook da autora.
O livro relata a rotina sofrida de mulheres, literalmente guerreiras, que colocaram suas vidas em risco na luta contra a ditadura militar. Infelizmente, muitas destas foram dizimadas nestes anos sombrios.
Leiam histórias destas mulheres covardemente torturadas (aliás, existe tortura sem covardia?), que foram levadas para o Presídio Tiradente, em São Paulo, onde ficaram na chamada “Torre das Donzelas”, denominação romântica só nome.
Leia o primeiro relato de Luiza Villaméa, dos que vamos publicar aqui periodicamente, na tentativa de divulgarmos para que o livro seja um sucesso. Com obras como esta é que continuaremos a lutar para que momentos terríveis do autoritarismo não se repitam.
“Rioco Kayano bordou esta lindeza na Torre, 50 anos atrás. O bordado, adornado com uma sianinha vermelha, está em uma bata que Yuko, irmã de Rioco, usou para se casar e conserva até hoje. Bordar, tecer e fazer bijuterias tinham dupla função na cadeia: ocupava o tempo e gerava renda.
A produção era vendida e o dinheiro distribuído entre aqueles com poucos recursos – e familiares atrás das grades.Mesmo mulheres que jamais haviam segurado uma agulha trataram de aprender. Rioco, que já era craque, segue bordadeira. Sempre em grupo, já bordou até as trilhas do sertão literário de Ariano Suassuna, Euclides da Cunha e Guimarães Rosa.
Outras histórias de bordados & afins estão em “A Torre – O cotidiano de mulheres encarceradas pela ditadura”.
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Aqui o link editora. https://www.companhiadasletras.com.br/…/9786559…/a-torre
Já na minha estante de livros políticos. Ponha na sua também, mas leia antes.