Livros salvam! É o recado do jornalista e escritor Marcos Linhares no Dia Nacional do Livro

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“Pesquisa mostrou aumento de 56% na compra de livros”. A “sede de leitura [nesses tempos difíceis] fez abrir muitas livrarias”, cujo mercado está em “franca expansão”

Compartilhado do Portal da CONTEE

 Foto: Glen Noble/Unsplash

Em tempos de pandemia de covid-19, o “livro acabou sendo um refúgio”, comentou o jornalista e escritor, Marcos Linhares, a propósito do Dia Nacional do Livro, que completa neste 29 de outubro, 211 anos no Brasil. Linhares é presidente do Sindescritores (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal).




Segundo Linhares, nestes tempos pandêmicos houve o incremento de “comprar muito pela internet”, sobretudo em “livrarias”. Ainda segundo ele, “pesquisa mostrou aumento de 56% na compra de livros”. A “sede de leitura [nesses tempos difíceis] fez abrir muitas livrarias”, cujo mercado está em “franca expansão”, emendou.

Essas informações são extremamente positivas. Todavia, há o lado triste dessa história, que é o fato de que não houve aumento do público leitor. A expansão se deu no público que já lê habitualmente, e que passou a ler mais e, por conseguinte, comprar mais livros.

Mais notícias boas

Linhares lembrou que a 13ª edição da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, realizada entre os dias 1º e 12 de outubro no Centro de Convenções do estado, em Olinda, esperava-se um público de 350 mil pessoas. “Compareceram mais de 400 mil pessoas”, informou.

“Os expositores bateram meta de venda de livros”, disse o jornalista. Segundo ele, vai haver o “momento de retomada do mercado de livros”. Para o bem e a felicidades dos amantes dos livros, que ele esteja certo nisso.

Um pouco de história faz bem

O Brasil comemora o “Dia Nacional do Livro” nesta data, porque foi nesse dia, no longínquo 1810, que a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro foi fundada.

Na época, foi levado para o local grande acervo da Real Biblioteca Portuguesa. O primeiro livro editado no Brasil foi a obra de Tomás Antônio Gonzaga Marília de Dirceu, em 1808.

Hoje, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro é a maior da América Latina e está entre as 10 maiores do mundo.

Atividades para a efeméride

Diversas bibliotecas, livrarias e escolas realizam eventos para celebrar esse relevante dia. Nas escolas, pode-se destacar:

1) a leitura de livros pelos alunos; 2) apresentações teatrais; e 3) visita às bibliotecas Brasil a fora.

O importante é despertar nos estudantes e jovens de modo geral, o prazer e o gosto pela leitura e, ainda, reforçar a importância do livro como difusor de conhecimentos. É interessante que o professor fale sobre a origem e a história do livro para os alunos.

Vantagens de ‘comer’ livros

É preciso mostrar ao povo brasileiro, em particular aos jovens, a relevância da leitura para o acúmulo de conhecimento, diversificação do uso das palavras, enriquecimento do vocabulário, aumento da capacidade cognitiva, da capacidade interpretativa, entre outras vantagens para quem ingressa no mundo dos leitores e dos amantes de livros.

Bibliotecas e livrarias costumam realizar eventos com alguns escritores e apresentações dramáticas de algumas obras da literatura nacional e mundial.

Muitas livrarias realizam descontos nesse dia, com propósito de disseminar e estimular a prática da leitura.

História do livro

O livro, tal como o conhecemos hoje, passou por diversas transformações.

Desde o surgimento do alfabeto (século 15 a. C), os povos da antiguidade escreviam em pedras ou em placas de argila. A técnica foi inovada e surgiram os papiros por volta de 3 mil anos antes de Cristo, no Egito Antigo, que foi uma das mais importantes civilizações da Antiguidade.

Depois do papiro, vieram os pergaminhos, os quais possuíam mais resistência, o que facilitou o acesso aos textos.

Na Idade Média, os monges copistas eram pessoas destinadas a fazer a cópia das obras, geralmente de caráter religioso.

Relevante frisar que, naquela época, poucas pessoas tinham acesso aos livros e ao conhecimento. Somente homens da Igreja ou nobres tinham acesso a esses bens culturais, considerados por muitos como objetos de salvação.

No século 15, o inventor e gráfico alemão Johannes Gutenberg (1398-1468) revolucionou a história do livro.

Ao introduzir a técnica da prensa móvel (tipográfica), já descoberta na China anteriormente, Gutemberg permitiu a reprodução de cópias e a popularização do livro.

Fica claro perceber que desde sempre as civilizações possuíam o intuito de guardar o conhecimento e passá-lo de geração em geração.

Assim, a partir do século 20, viu-se surgir outros suportes para os livros como os audiolivros, e-books, etc.

Outras datas que celebram os livros
O Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado no Brasil em 18 de abril, pois nesse dia nasceu o escritor de histórias infanto-juvenis Monteiro Lobato.

O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor é celebrado em 23 de abril. A data foi instituída pela Unesco em 1995, pois rememora o dia da morte de 3 grandes escritores: Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Vega.

Marcos Verlaine

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