Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado
Sou um colecionador de coincidências. Tanto que um dia escreverei um livro sobre elas. Hoje, 21 de agosto de 2024, aconteceram mais duas sobre o mesmo tema. Conto: no dia 10 deste mês fui ao lançamento do livro da amiga de Paquetá, Tania Menna Barreto, e de Tiago Bittencourt, intitulado “Pagando Brabo: Raul Seixas na minha vida de amor e loucuras” e lá, no Restaurante Zeca’s, em Paquetá, adquiri ainda a obra do parceiro de Tania, também sobre o cantor e compositor sob o título “O Raul que me contaram”.
Pois bem, li “Pagando Brabo” e gostei muito. A história de vida de Tania Menna Barreto já seria muito interessante se não aparecesse no seu caminho o “Maluco Beleza”. Imagine, então, com oito anos de idas vindas daquele que nunca foi pedra imóvel na praia.
O livro é visceral, no qual a autora não doura o chumbo para transformá-lo em ouro de tolo.
Não vou resenhar aqui a obra, pois não sou hábil em escamotear “spoiler”. Mas sugiro que leiam “Pagando Brabo”, pois entrar na história é com vocês.
Dito isso, vamos às coincidências deste 21 de agosto, que aconteceram em redor do segundo livro que adquiri naquela noite, o “Raul que me Contaram”, de 2015, de Tiago Bitencourt, fruto de entrevistas feitas para o programa “Caminhos da Reportagem”, da TV Brasil (está no Youtube)
Nesta semana, Rafael César Oliveira, também amigo de muita cultura de Paquetá, me enviou um link com entrevista feita por César Calejon, no UOL, com Alysson Mascaro, jurista, filósofo e escritor para a coluna “Entendendo Bolsonaro” (desculpem o palavrão).
Na entrevista, Mascaro discorreu sobre luta de classes, a exploração da pobreza pelo capitalismo. Estava lendo o livro de Tiago Bittencourt e resolvi dar uma paradinha no final de um capítulo e comecei a ver a entrevista com Allyson Mascaro, quando este cita Raul Seixas, acentuando que as pessoas das classes populares se identificam com o “jeitão” do Maluco Beleza.
De imediato, pensei: “pronto, mais uma coincidência para a minha coleção”. Mas a coisa não parou por aí. Terminei de ver a entrevista e retomei o livro de onde parei, na página em que Tiago conversa com Marcelo Nova, artista que conviveu com Raul nos últimos dias de sua vida, fazendo com ele exatos 50 shows.
E não é que nesta página Marcelo relata que fez aniversário cinco dias antes da morte de Raulzito e que este desceu do apartamento em São Paulo, de pijama, para abraçá-lo e cumprimentá-lo. Corria o dia 16 de agosto de 1989 e Raul morreu no dia 21 de agosto, há 35 anos. Data em que eu lia o “Raul que me Contaram” e via a entrevista com Allyson Mascaro. Mais uma coincidência para a coleção.
Isso sem ter a opinião formada sobre tudo, pois como disse Raul: Cuidado brother \Cuidado sábio senhor \ É um conselho sério pra vocês \ Eu morri e nem sei mesmo \ Qual foi aquele mês \ Ah, Metrô linha 743.
Como adquirir “Pagando Brabo”, contate:
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Livraria da Travessa:
Sobre o livro “O Raul que me Contaram”, Tiago afirma que há ainda em algumas livrarias físicas e virtuais