Lucia Araújo pelo Facebook

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Post compartilhado de Emilio Galhardo Filho
MEU FILHO É COXINHA. E AGORA?

Pode acontecer a qualquer um e devemos estar preparados para a situação. O número de coxinhas é grande, maior do que percebemos, pois há aqueles que ainda não saíram do armário. Quando um pai ou mãe percebe essa tendência em seu filho ou filha, a atitude mais comum é entrar em negação.
O jovem afirmou que a Ditadura só perseguiu quem pegou em armas? Colocou uma foto do Bolsonaro como proteção de tela? –“Deve ser brincadeira”, pensamos, ou atribuímos a uma fase passageira.
Há outros pais com reações atrabiliárias, como aquele que encontrou um livro perpetrado por Olavo de Carvalho com seu filho e o entregou à polícia. Isso, além de aumentar o ódio num ser já odiento, é inócuo – juízes consideram quem tem posse de pequenas quantidades desse material como um viciado e dependente; uma vítima, enfim.

ONDE ERREI EM SUA EDUCAÇÃO?
Essa é a fase em que os pais se veem como culpados. Nada mais errôneo. A coxinhice dos jovens não se deve a você, pai e mãe, pois eles recebem influências da mídia, das más companhias e dos quadros do Danilo Gentili. Psicólogos têm relatado uma multiplicidade de fatores que podem levar a esse estado mórbido. Alguns culturais, como citados anteriormente e outros atávicos, como déficits cognitivos (caso do TIC, Transtorno da Inteligência Cessante), além da sociopatia.

E AS AGRESSÕES?
Esta é, sim, uma preocupação pertinente. Gays, não-coxinhas, esquerdistas, cotistas, médicos cubanos e até pessoas com uma simples camiseta vermelha podem ser vítimas de seu filho ou filha. Coxinhas se tornam muito agressivos, principalmente em grupos, como numa bandeja de padaria.
Oriente seu filho ou filha a respeitar a diversidade de ideias e explique que defender crimes não se insere em “direito de opinião”. Se ele não conseguir controlar-se, ensine-o a descarregar sua ira gritando “Vai prá Cuba!” ou repetindo, a plenos pulmões, “Você conhece o Foro de São Paulo? Você conhece o Foro de São Paulo? Você conhece o Foro de São Paulo?”.




MEU NETO SERÁ UM COXINHA?
Provavelmente não. Filhos de coxinhas têm menor probabilidade de se tornar um coxinha do que no resto da população mentalmente saudável.
É comum os adolescentes colocarem em xeque as ideias de seus pais, como processo de desenvolvimento de identidade própria. E os filhos de coxinhas percebem rapidamente a redução de ideias, a estereotipagem argumentativa e a ignorância histórico-social de seus próprios pais.
E lembre-se: tenha sempre livros de História à mão. Você vai precisar.

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