Por Claudio Guedes, via João Lopes, Facebook –
Essa história que está rolando sobre o Luciano Huck quando era dono do Bar Cabral, no jardins em São Paulo, e teria dito a um jornalista que “baiano” ali não entrava, me lembrou uma do então jovem celebridade global comigo mesmo.
Há uns dez anos. Estávamos no meio de um embarque num vôo da TAM de Salvador para SP, quando o embarque foi repentinamente interrompido. Uma das despachantes do vôo postou-se à frente da fila e não deixou ninguém mais passar. Dois minutos após, lá vem ele, escoltado por mais dois funcionários da TAM, serelepe, tranquilo, e embarca na frente de todos.
Quando entrei no avião, pouco depois dele, o vi na poltrona 1-A sentado, com um folder na mão. Parei, olhei para ele e perguntei: “Você não fica envergonhado, não se sente constrangido, em ter furado a fila de embarque, sendo um jovem tão saudável?”
Ele, peitudo, desafiou: “Acho que você não dormiu bem essa noite, não foi?
Respondi, de bate-pronto: “Nem eu nem milhões de brasileiros que somos obrigados a conviver com celebridades medíocres e elitistas do seu tipo”.
A aeromoça atenta, me pediu educadamente que me dirigisse à minha cadeira. Assim o fiz. Pouco atrás dele fiquei observando-o. Passou o vôo em silêncio, recolhido ao seu canto.
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