Por Luís Costa Pinto, em seu Facebook, publicado em Brasil 247 –
Sobre o novo áudio da JBS anunciado pela PGR, o jornalista conclui: “a estatura moral de Rodrigo Janot é a mesma de Gilmar Mendes” e “o Ministério Público Federal é uma instituição acéfala”; “Derrubou-se um governo legítimo em nome disso? Para isso? Por isso? Lançaram o país num lodaçal institucional para quê?”, questiona; para ele, “se é para zerar o jogo, zeremos tudo: inclusive consideremos a sério a impossibilidade de esse MP e de esse Judiciário tecerem juízo de valor condenatório contra Lula”
Há alguns fatos no olho do “Furacão .wam” que devasta o Brasil nesse momento promovendo uma inundação de sincericídio (.wam é o tipo de arquivo de áudio que foi recuperado do computador de Joesley e que flagrou o papo boçal entre ele e o desqualificado lobista e fazendeiro Ricardo Saud):
1. A estatura moral de Rodrigo Janot é a mesma de Gilmar Mendes. Colegas de Ministério Público, merecem um ao outro na medida dos adjetivos que lançam um contra o outro – e ambos parecem falar a verdade.
2. O Ministério Público Federal é uma instituição acéfala. Lembra-me aquelas redações caóticas dos anos 1990 em que havia vários cães perdigueiros (bons repórteres, outros nem tanto, grandes caracteres, outros maus caráteres) com cúpulas entregues à lassidão e ao deslumbramento. Resultado: chefes que não sabiam fechar reportagens especiais e não diferenciavam grandes furos de imensas barrigas. Um dia o jornal, ou a revista, não ia fechar. A Lava Jato é isso: uma grande reportagem especial que não fecha porque o editor não sabe onde está o lead e perdeu o fio da meada.
3. Derrubou-se um governo legítimo em nome disso? Para isso? Por isso? Lançaram o país num lodaçal institucional para quê?
4. Em meio a tanta lambança, Sérgio Moro e sua mulher Rosângela vêem a relação suspeita do padrinho de casamento com o advogado-doleiro da Odebrecht passar ao largo da indignação seletiva da mídia, dos pais da pátria e dos inocentes úteis de redes sociais.
5. Se é para zerar o jogo, zeremos tudo: inclusive consideremos a sério a impossibilidade de esse MP e de esse Judiciário tecerem juízo de valor condenatório contra Lula. Deixem a roleta voltar. O jogo tem de seguir com Pelé em campo.
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