Luiz Rosemberg Filho, Rô, foi o realizador que mais aprofundou o experimentalismo no cinema brasileiro. Inquieto, questionador, crítico de nossas mazelas históricas, levou para as telas seu profundo inconformismo com a injustiça, a desigualdade, a hipocrisia, que negam todo o potencial criativo e humano do nosso país e – por que não? – do mundo.
Agora, toda a potência de sua obra pode ser vista em Mostra pioneira feita pela Cinemateca do MAM do Rio de Janeiro, a PANORÂMICA RôSEMBERG.
Muito do trabalho e da vida intensa de Rosemberg ainda está para vir a público. São roteiros originais, textos políticos, resenhas de filmes, traduções de livros de cinema e de peças teatrais, cartas recebidas e enviadas e muitíssimas dedicatórias, verdadeiros manifestos afetivos, escritas nos papéis que usava para presentear seus amigos com centenas de livros, com que iluminou as bibliotecas de todos nós.
Tive o privilégio da amizade de Rô, que se tornou ainda em irmão mais velho, paciente e aconselhador. Rô vive na mostra que começou no dia 09 de novembro. Rô viverá para sempre em meu coração. Rô viverá sempre na memória de cinema brasileiro.