Lula arrasta multidão na zona oeste do Rio de Janeiro: “Começaram a reduzir a gasolina por causa das eleições, mas já tá subindo de novo”

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Ex-presidente falou sobre propostas, reafirmou compromissos em defender a democracia, as necessidades mais urgentes da população e criticou gastança eleitoreira de Bolsonaro

Por Raphael Sanz, compartilhado da Revista Fórum




Lula arrasta multidão na zona oeste do Rio de Janeiro em 20 de outubro de 2022.
Lula arrasta multidão na zona oeste do Rio de Janeiro em 20 de outubro de 2022.Créditos: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (20) onde participou de comícios e carreatas ao lado da mulher Janja e de aliados como Marcelo Freixo (PSB), Rodrigo Neves( PDT) e o prefeito carioca Eduardo Paes (PSD). Pela manhã Lula visitou São Gonçalo, na região metropolitana da capital, onde o presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveu um ato de campanha considerado um fiasco nos últimos dias.

No período da tarde e começo da noite, o petista arrastou uma multidão por bairros da zona oeste, que nas últimas eleições foi considerados redutos eleitorais do atual presidente. Lula aproveitou para criticar a gastança recente do governo em busca de uma virada eleitoral e a política de PPI (Preço Paritário Internacional) adotada pela Petrobrás sob Temer e Bolsonaro, que mantém os preços dos combustíveis elevados. “Eles começaram a reduzir o preço da gasolina por causa das eleições. Mas agora já tá subindo de novo. Nós vamos ganhar e não teremos o preço da gasolina dolarizado como agora”, prometeu.

Ainda sobre economia, mas em intersecção com outras áreas da sociedade, o ex-presidente lembrou que quando o Pré-Sal foi descoberto durante seus mandatos foi feita a Lei da Partilha do recurso que previa 75% dos royalties reinvestidos em educação, saúde, tecnologia e ciência“Quando veio a pandemia, graças a Deus tivemos o SUS, que salvou muita gente”, declarou.

Lula também criticou a postura de Bolsonaro diante do cargo de presidente da República. Para o petista, o atual presidente se utiliza da posição para fazer campanha e não trabalha em prol do país. “Eu fui presidente e fui candidato à reeleição, assim como o FHC e a Dilma. E a gente fazia campanha depois das 18h e sábado e domingo, porque a gente tinha que trabalhar durante o dia. O atual presidente não está preocupado em governar o país, só com sua família”.

Além disso, o ex-presidente fez declarações contra o racismo presente na sociedade brasileira e defendeu mais investimentos em educação a fim de qualificar os mais pobres e, com isso, combater o racismo criando oportunidades para as classes subalternas, altamente racializadas no país. “Racismo é crime inafiançável, não podemos aceitar o preconceito de raça, de sexo, de religião. Por isso queremos voltar para consolidar a democracia. Eu sou o presidente que mais fez universidade e escola técnica nesse país. E vou fazer mais, para ter mais estudantes, principalmente nas áreas mais pobres do país”.

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