O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do evento de filiação do ex-governador do Paraná, Roberto Requião, ao PT, em Curitiba, e aproveitou para detonar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-juiz suspeito da Lava Jato, Sergio Moro (Podemos).
Compartilhado de Diario do Centro do Mundo
Lula permaneceu preso na capital paranaense durante 580 dias. Dois anos e meio depois de ficar livre, o ex-presidente voltou à cidade e disse não acreditar que o Paraná é um estado “conservador”.
Durante o discurso, Lula falou de suas propostas para um eventual terceiro governo e criticou as medidas da atual gestão bolsonarista. Ele chamou o atual presidente da República de “psicopata”, usando como base a alta nos preços de produtos básicos, como alimentos e combustíveis. “Esse país tem que ser construído porque o destruíram moralmente”, afirmou.
“O Paraná será aquilo que a gente tiver a disposição de conversar e convencer o povo, já tive vitórias memoráveis aqui, possivelmente precisamos, quem sabe, modelar o nosso discurso para que a gente possa convencer a maioria desse povo”, disse o petista.
Lula criticou semipresidencialismo, detonou Moro e cutucou Lira
O ex-presidente da República também aproveitou a oportunidade para criticar a criação de uma comissão na Câmara Federal para discutir o modelo de semipresidencialismo. A iniciativa foi do deputado federal Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa.
“Só pode ser medo da nossa volta”, disse o petista. Para cutucar Lira, Lula falou sobre o orçamento secreto do Congresso, que caracterizou como “maior vergonha que o Brasil já teve”.
O ex-presidente também detonou Moro, que, enquanto juiz, o condenou em processos da Lava Jato. “Tenho orgulho de estar falando da terra de onde Moro achou que era rei, mentindo para a sociedade brasileira e para a imprensa. Eles pensavam que eu estava destruído […], mas eu não podia dar o prazer para essa canalhada”.