Lula cobra de ministros redução de preços de energia e alimentos

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Em entrevista ao SBT, Lula comemora queda do preço da carne, mas diz que valores cobrados pelo arroz, feijão e pela energia seguem elevados

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília 21/02/2024 REUTERS/Adriano Machado

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que seu governo precisa trabalhar pela redução dos preços de alimentos e de energia. A declaração foi dada em entrevista ao SBT Brasil, que vai ao ar na noite desta segunda-feira (11).

Durante a conversa com o apresentador César Filho, o mandatário disse que indicou a importância de reduzir os preços dos produtos essenciais aos ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).

Para Lula, o movimento é essencial para o governo “voltar a ter credibilidade junto ao povo brasileiro”. Segundo ele, aos poucos a sociedade perceberá os frutos gerados pelo que foi plantado por sua administração.

“A gente vai começar a colher aquilo que nós plantamos. A sociedade vai se dar conta de que as coisas vão melhorar. Para a sociedade estar feliz com o governo, é preciso que a economia esteja crescendo, o salário esteja crescendo e o preço da comida esteja baixando”, afirmou.

Durante a entrevista Lula comemorou a queda do preço da carne, mas ponderou que os valores cobrados pelo arroz, feijão e pela energia continuam elevados.

“Meus ministros de Minas e Energia e da Fazenda sabem que uma das coisas que temos que fazer é baixar o preço da energia para o povo, do arroz, do feijão. Baixar o preço daquilo que vai na mesa do povo trabalhador”, disse o presidente.

Em janeiro, considerando o resultado acumulado de 12 meses, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em alta de 4,51%. O número, no entanto, foi muito mais alto para o arroz (28,47%), o feijão preto (18,19%) e a energia elétrica residencial (8,62%), conforme mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Queda de popularidade

As declarações de Lula ocorrem em um momento de queda de popularidade do mandatário. Nos últimos dias, diferentes institutos de pesquisa (Genial/Quaest, Atlas/Intel e Ipec) mostraram que a atingiu os patamares mais baixos desde que Lula tomou posse para o terceiro mandato, em janeiro do ano passado.

Na entrevista ao STB, Lula minimizou os resultados negativos e se disse confiante de que o governo entregará resultados. “Eu tenho certeza absoluta de que não tem nenhuma razão do povo brasileiro me dar 100% de popularidade, porque ainda nós estamos muito aquém daquilo que prometemos”, reconheceu.

“A gente tem de entendê-la [a pesquisa] como uma fotografia em função do momento em que você está vivendo e você utiliza a pesquisa não para ser contra ou para ficar feliz ou muito triste por causa da pesquisa. Você utiliza a pesquisa como instrumento de ação e de mudança da sua estratégia de governo”, concluiu.

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