Na manhã desta segunda-feira (6), durante um evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acabou se tornando “vítima de um processo de difamação muito grave” nos últimos anos e que, agora, durante o seu novo governo, Cuba e Venezuela vão quitar as dívidas que formaram com a instituição.

Por Kaique Moraes, compartilhado de DCM

As declarações do petista foram feitas durante a cerimônia de posse do fundador do PT e ex-ministro da Educação, o ex-deputado Aloizio Mercadante (PT), de 68 anos, como novo presidente da estatal, no Teatro Arino Ramos Ferreira, na sede do BDNES, no Rio de Janeiro.

“Este banco [o BNDES] foi vítima de difamação muito grave durante o último processo eleitoral. As narrativas, mesmo que mentirosas, valem mais do que verdades ditas muitas vezes. Vivemos nos últimos quatro anos um processo de mentira tresloucada”, declarou Lula.

O presidente ainda rotulou as articulações sobre a eventual existência de uma “caixa-preta” na instituição como “mentiras” apresentadas sobre o BNDES. Segundo o jornalista Guilherme Mazui, do G1, as mentiras contadas são de que o banco concedeu dinheiro para os países amigos dos governos petistas e que financiou somente uma “meia dúzia” de empresas selecionadas.

Por sua vez, ao falar sobre os empréstimos feitos a países vizinhos, o petista disse que o BNDES conseguiu financiar serviços de engenharia de empresas brasileiras em 15 países da América Latina e Caribe, entre os anos de 1998 e 2017, e que estes mesmos empréstimos geraram “lucro”. Ainda acrescentou que o banco “nunca deu dinheiro para países amigos do governo”.

Agora, em relação às dívidas que não foram pagas por Cuba e Venezuela, Lula afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o seu governo, cortou as relações com esses países e, com isso, acabou deixando de cobrar os empréstimos. Mas, agora, as dívidas serão cobradas.

“Eu tenho certeza que, no nosso governo, esses países vão pagar, porque são todos países amigos do Brasil e certamente pagarão a dívida que têm com o BNDES”, disse o presidente.