Por Manum Castrum, escritor e fotógrafo
A farsa criminosa que resultou na condenação de Lula nos faz lembrar um outro escândalo que abalou o mundo e que adquiriu a dimensão de uma nova Revolução Francesa: Dreyfus, um capitão do exército francês, judeu, acusado de espionagem “em favor de uma potência estrangeira” foi recolhido à prisão militar. Mas houve Emile Zola com a sua célebre carta ao presidente da República, “J’accuse”, que odefendeu e foi para a história.
Há uma diferença entre Dreyfus e Lula. Dreyfus foi o pretexto, foi um catalisador de um movimento que ele não chegou a compreender. Mas o movimento dreyfusista nada perdeu com a insignificância do homem que, sem querer, o provocou.
Há uma diferença: Lula é maior que Dreyfus.
Lula não careceu de um Emile Zola, que o diga o seu pronunciamento,agora, com o seu “J’accuse”.