Lula em SC: “Meu país é o Brasil, bandeira de 215 milhões de pessoas”

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Em Florianópolis, ex-presidente rebate falsos patriotas que tentam se apropriar dos símbolos nacionais

Da Campanha do Lula, compartilhado de Construir Resistência




Fotos: Ricardo Stuckert 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu falsos patriotas que tentam se apropriar dos símbolos nacionais e empunhou com orgulho as bandeiras do Brasil e do Partido dos Trabalhadores neste domingo (18/09), na Praça Tancredo Neves, em Florianópolis, durante o ato Todos Juntos por Santa Catarina.

“Essas pessoas precisam aprender algumas coisas e nosso papel é ensinar. Eu pedi as duas bandeiras [do Brasil e do PT] porque, normalmente, um fascista que não tem partido político, que nunca organizou um partido político, que não gosta do povo e que não respeita ninguém, ele diz o seguinte: meu partido é o Brasil”, disse.

“Essa bandeira [do Brasil] não é de um partido, é a de 215 milhões de brasileiros que amam esse país. Eles utilizam essa bandeira porque eles não têm o orgulho de dizer: esse é o meu partido. E o Partido dos Trabalhadores me dá muito orgulho de ter criado”, afirmou Lula.

Reconstruir o Brasil

Em seu discurso, o ex-presidente questionou onde estão as obras de Jair Bolsonaro em Santa Catarina, defendeu o legado no estado dos governos dele e de Dilma Rousseff, que também esteve presente, e disse que seu objetivo é voltar a comandar o Palácio do Planalto para reconstruir o Brasil, sobretudo criando oportunidades para os jovens.

“Nós temos que assumir a responsabilidade, mais uma vez, de devolver ao país a alegria, a esperança, a felicidade, o direito de sorrir, de comer três vezes ao dia, de sonhar com universidade. Nós não queremos tirar nada de ninguém. O que nós queremos é ter uma casa, criar nossos filhos em paz e harmonia, que eles possam estudar, tirar um diploma de doutor, porque não é privilégio dos ricos, é direito de todos”, declarou.

Fome

Lula também citou a volta do país ao Mapa da Fome das Nações Unidas, mais um sinal do desgoverno Bolsonaro, e que políticos de extrema-direita tentam fingir que o problema não assola Santa Catarina, enquanto a plateia lamentava o aumento do número dos moradores de rua na capital catarinense.

“Eu sei que muita gente aqui nesse estado fala: Santa Catarina não tem fome. Eu sei, eu sei. Mas eu sei que esse estado aqui tem pelo menos 500 mil pessoas passando fome. Os dados do IBGE demonstram isso e as pessoas tentam esconder. Não é possível! Se a gente sabe que tem 500 mil, vamos dar comida para essas 500 mil, vamos dar emprego”, garantiu.

O ex-presidente recordou ainda os 580 dias que passou preso ilegalmente em Curitiba, no Paraná, quando foi retirado da disputa das eleições de 2018. “Eles pensaram: não, o Lula já está com não sei quantos anos, em 2022 ele vai estar velhinho, ele não vai poder concorrer. Ah, eles não sabem o que é um pernambucano apaixonado. Eles não sabem que o que deixa uma pessoa velha não é a idade, é a falta de motivação para viver. É a falta de uma causa. E eu tenho uma causa. A minha causa chama-se Brasil, a minha causa chama-se povo brasileiro e esse povo vai voltar ter emprego, vai voltar a comer, vai voltar a passear, vai voltar a rir e vai voltar a ser feliz outra vez”, completou.

Democracia

Democracia

Décio Lima, prefeito de Blumenau entre 1997 e 2005, deputado federal de 2007 até 2019, e atualmente concorrendo ao governo estadual, disse que Lula é um injustiçado como foi “Pepe Mujica, Mandela, Martin Luther King e Mahatma Gandhi”.

Ele também citou Luiz Carlos Cancellier de Olivo, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que dias antes de ser encontrado morto havia sido afastado do cargo por causa de uma investigação judicial questionada por especialistas.

“Ontem fez cinco anos deste acontecimento cruel. O Brasil foi vítima de poderes que deveriam

proteger o povo. Mas Santa Catarina dará ao presidente Lula aquilo que falta para ele ganhar no primeiro turno, aquele 1% que talvez ainda falte. Lula veio pra cá para vencer no primeiro turno com a força do povo catarinense”, atestou.

Já o senador Dário Berger, que disputa a reeleição, citou a importância do pleito de outubro para reestabelecer a ordem democrática e ajudar a enterrar qualquer tentativa golpista.

“Talvez essa seja uma das eleições mais importantes das últimas décadas, o que está em jogo é o futuro de Santa Catarina, do Brasil, da democracia e do estado democrático de direito. De fato, o Brasil piorou muito nos últimos 4 anos, retrocedeu, voltou ao mapa da fome. O Brasil que estamos vivendo hoje não é o que queremos, e para reconstruir este país nós só temos uma oportunidade, e essa pessoa se chama Lula”, completou.

Também participaram do ato o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador do Amapá Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, Manuela D’ávila, representando o PCdoB, Bia Vargas, candidata à vice-governadora de Santa Catarina, além de candidatos a deputados e lideranças regionais.

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