Por Nelson Barbosa, escritor
Foto: Ricardo Stuckert
“Desqualificadores em geral tentam desprezar o fato de festejarmos esta vitória de Lula atribuindo a ela uma espécie de “fanatismo” ou de “lulismo” exacerbado da parte de quem comemora.
Não procede essa “desqualificação” porque o que me parece ainda mais vitorioso nessa trajetória golpista contra Lula foi que ele dobrou a justiça a se reconhecer permissiva e omissa, quando não agente dessa própria infâmia.
Ou seja, não foi por artifícios midiáticos nem por chicanas ou bravatas (posto que nunca teve a mídia a seu favor), mas por obstinação e conduta: Lula literalmente deu um xeque mate na justiça nacional obrigando-a a se reconhecer parcial e incompetente.
As acusações ainda permanecem, mas sem provas não se pode mesmo condenar ninguém.
Era isso que esperávamos que fosse a justiça, e é isso que ele conseguiu mostrar com seu sacrifício.
Isso é coisa de líder, de alguém obstinado, desde sua trajetória de retirante nordestino.
Essa biografia única que gostamos de ler e conhecer dos grandes líderes está se escrevendo no nosso tempo, sob os nossos olhos.
E é essa biografia que deverá ser inserida nos livros de história ao se contar depois o que foi a nossa história política de meados do século XX até, provavelmente, meados do século XXI.
E neste século uma história será determinante: a de Lula.”