Publicado em Brasil 247 –
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com ação, na semana passada, por reparação de danos morais contra os jornalistas Diego Escosteguy, Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho, todos da revista Época; Bronzatto e Coutinho são os repórteres que assinam as oito páginas de reportagens da edição de 20 de abril que acusam Lula de ser operador da Odebrecht; Escosteguy é editor-chefe da publicação semanal da Editora Globo; confira a petição inicial
Do Instituto Lula – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com ação, na semana passada, por reparação de danos morais contra os jornalistas Diego Escosteguy, Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho, todos da revista Época. Bronzatto e Coutinho são os repórteres que assinam as oito páginas de reportagens da edição de 20 de abril que acusam Lula de ser operador de esquema de corrupção; Escosteguy é editor-chefe da publicação semanal da Editora Globo.
“A matéria está repleta de falácias e afirmações vis – todas, sem exceção de uma sequer – divorciadas das práticas éticas e sensatas do bom jornalismo. [Os autores da reportagem] imputaram a Lula a prática de conduta criminosa sem um fiapo sequer de prova”, afirma a ação, protocolada na 12ª Vara Cível de Brasília no último dia 21 de agosto.
O Instituto Lula expôs as inúmeras incorreções das reportagens, em detalhes, em esclarecimento público intitulado “As sete mentiras da capa de Época sobre Lula”. Em resposta, a revista Época reafirmou as informações publicadas de forma genérica, apesar dos sinais óbvios de problemas de texto e apuração, nunca reconhecido pela revista.
Em março de 2014, quando publicamente questionado pelo então ministro do STF Joaquim Barbosa sobre mentiras publicadas em outra edição de Época, o editor-chefe de Época se retratou em público rapidamente. “Erros factuais, mesmo os pequenos, são inadmissíveis. Por eles, peço humildemente desculpas – sempre pedi e sempre pedirei”, escreveu, no período, em seu Twitter. Saiba mais aqui.
A argumentação dos advogados de Lula também ressalta o sensacionalismo com que as informações, ainda que falsas, foram tratadas: “tudo, das chamadas ao texto inserto na capa, foi organizado e planejado para que a revista tivesse grande repercussão na sociedade. E, de fato, teve. Não pelos méritos de uma reportagem bem elaborada, mas por uma estratégia de usar a mentira como forma de obter indevido destaque, grande divulgação e venda”.
Veja a íntegra da decisão clicando aqui.
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