Lula na CNN : Os melhores momentos da entrevista

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Confira o que disse o ex-presidente Lula na entrevista a William Waack na CNN

“A razão pela qual eu sou candidato hoje é que eu tenho certeza de que é possível recuperar a economia desse país“, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na CNN na segunda-feira (12). Em entrevista a William Waack, Lula garantiu que “é possível voltar a gerar emprego, é possível voltar a aumentar o salário mínimo. É preciso garantir que as pessoas possam voltar à universidade, possam ir para a escola técnica. É preciso garantir à sociedade brasileira voltar a comer três vezes por dia”.




Compartilhado do Site do Lula

Confira a seguir alguns dos melhores momentos da entrevista de Lula na CNN:

Democracia brasileira

O país precisa voltar à normalidade, com os três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário – cuidando da seara que lhes cabe, sem avançar sobre as atribuições dos demais. De acordo com o ex-presidente, hoje, o Brasil vive em certa anormalidade com o Legislativo se metendo a ser Executivo e o Judiciário se metendo na seara política e o executivo afrontando ambos. Por isso, o país precisa voltar à normalidade.

“Se voltarmos à normalidade, ou seja, cada um cumprir com sua função, o governo governa, o Legislativo legisla e o Poder Judiciário cumpre seu papel de ser garantidor da nossa Constituição, eu acho que as coisas voltam tranquilamente ao normal.”

Lula na CNN

Negação da política

“O problema começa com a eleição da Dilma em 2014, quando o candidato derrotado não quis aceitar o resultado das eleições. Aécio é responsável pelo clima de animosidade criada hoje neste País. Temos que voltar à normalidade porque cada um tem que cumprir sua função. A negação da política e a destruição da política permitiram que surgisse um Bolsonaro, como na Alemanha permitiram que surgisse um Hitler, como na Itália permitiram que surgisse um Mussolini. Toda vez que você nega a política, o que vem depois dela é muito pior.”

Lula na CNN

Combate à corrupção

Lula lembrou que, no seu governo, foram criados mecanismos importantes de investigação e, se eleito, vai continuar criando mecanismos para investigar qualquer delito na máquina pública.

“Transformamos a CGU em Ministério, dobramos o número de funcionários da PF, investimos na inteligência, o Ministério Público tinha autonomia. Escancaramos o Portal da Transparência, você acompanhava o governo. Hoje, tudo isso acabou. No meu tempo, nada ficava sem investigar. Assim foi e assim será. Se você cometer ilícito, terá o direito da presunção da inocência, mas será investigado.”

Lula na CNN

Segundo levantamento realizado pela Transparência Internacional, o Brasil piorou duas posições no ranking mundial da corrupção em 2022, sob a batuta de Bolsonaro, seus sigilos e seus gastos milionários. Os dados foram divulgados em janeiro deste ano. Dos 180 países analisados, ocupamos a 96ª posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC). Em 2020, o Brasil ocupava a 94ª posição. Quanto mais pra cima no ranking, menos o país é considerado corrupto. Desde o final do governo Lula, Brasil piorou 27 posições – em 2010, estávamos em 69º lugar.

Durante os governos petistas, o combate à corrupção se tornou uma ação permanente de Estado. Medidas efetivas foram tomadas, como a criação da Controladoria-Geral da União (CGU), a criação do Portal da Transparência, da Lei de Acesso à Informação e a firme atuação do COAF no monitoramento de movimentações bancárias atípicas e muitas coisas.

Se eleito, Lula vai continuar promovendo mecanismos de combate à corrupção, um compromisso que pauta sua vida pessoal e trajetória política.

Política é a arte de conversar

Na CNN, Lula apontou como solução a eleição de deputados e senadores comprometidos com os interesses do povo e o diálogo entre as forças eleitas e com quem tem poder de decisão.

“Nós vamos ter que conversar. Política é a arte de conversar. Você vai ter que conversar e dizer que não pode ter orçamento secreto, e que você não vai permitir que o Congresso seja dono do Orçamento, quando tem que ser o Executivo. O Congresso vota, mas quem executa é o presidente da República.”

Lula na CNN

Quando você ganha uma eleição, você faz uma composição. Eu, por exemplo, agora, tenho dez partidos que fazem composição comigo. Se a gente ganhar as eleições, esses partidos irão participar do governo, eles terão direito de indicar aqui como indicam na Alemanha, como indicaram nos Estados Unidos, como indicam na França, isso faz parte da democracia.”

Lula na CNN

Orçamento Secreto

orçamento secreto de Bolsonaro afunda país na corrupção, reforçou Lula na CNN. Elemento em comum nas principais denúncias de corrupção no distrito federal, as emendas de relator foram instrumentalizadas pelo presidente para conseguir apoio no Congresso Nacional. 

“O governo está tão fraco que o Congresso se apoderou do orçamento. Espero que elejamos uma bancada mais arrumada do que temos hoje e vamos ter que conversar, não pode ter orçamento secreto. Não dá pra permitir que o Congresso seja dono do Orçamento. O Congresso vota, mas quem executa é o Poder Executivo. Não podemos ser reféns como Bolsonaro está sendo.”

Lula na CNN

Além de conferir superpoderes inéditos a parlamentares, o esquema atropela leis orçamentárias, não publiciza valores e destinações e não garante qualquer distribuição igualitária entre os congressistas: a receita para o troca-troca de apoios e votos.

Lava Jato

Na CNN, Lula lamentou os erros cometidos pela Lava Jato, que colocaram em xeque instituições fundamentais como o Ministério Público e a Polícia Federal. Com o intuito de tirar Lula das eleições de 2018, a operação abusou de seus poderes quando passou a enveredar por caminho político.

“O processo de investigação poderia ter sido mais sério se o juiz não tivesse transformado a investigação em uma questão política.”

Lula na CNN

Economia

Lula lembrou na CNN que, quando tomou posse, a inflação estava em 10%, a taxa de desemprego em 12% e o Brasil devia R$ 30 bi ao FMI. Seu governo reduziu a inflação para a meta, reduziu a dívida pública. O ex-presidente lembrou que, em seu primeiro governo, também herdou um cenário econômico bastante desafiador.

“Para a gente consertar o Brasil agora, precisamos de credibilidade. A segunda coisa é estabilidade e garantia jurídica. Não existe mágica na economia, é um processo em construção. Hoje, temos uma crise mundial, a economia está estagnada e o Brasil cresce muito pouco e é esse problema que eu quero resolver. Porque eu quero provar que é possível.”

Lula na CNN

Geração de empregos e garantia de direitos

Mesmo com a economia em crise, Lula acredita ser possível recuperar o País, como foi feito durante seus governos, em 2003 e em 2010: a chave é fazer girar a economia.

“As pessoas não querem viver de benefícios do governo, elas têm orgulho de trabalhar e levar comida pra casa. Geramos 20 milhões de empregos com carteira assinada e vamos gerar de novo. Vamos garantir os direitos dos trabalhadores de acordo com a realidade de hoje, não vamos voltar ao passado.”

Lula na CNN

Agronegócio

William Waack também quis saber sobre a relação do petista com o agronegócio. É falso dizer que os governo do PT atuavam contra o agro. Eu seu governo, Lula investia mais no agronegócio do que hoje, reduzia custos e incentivava exportações.

Em valores corrigidos, os investimentos dos governos do PT cresceram 335% entre as safras de 2002/2003 e 2015/2016, atingindo R$ 256,5 bilhões. Hoje, Bolsonaro investe R$ 251,2 bilhões.

“Tem muita gente responsável [no agro], que cuida do meio ambiente, que está tentando preservar, que não quer invasão em nenhum bioma, muito menos na AmazôniaO agronegócio é importante e não é de hoje. E Deus queira que o Brasil cresça tanto que chegue a desbancar os EUA. Agora, tudo isso é possível produzir sem a quantidade de agrotóxico que está sendo utilizada e sem invadir nenhum bioma, que nós precisamos preservar.”

Lula na CNN

Marina Silva

O encontro de Lula e da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva marcou um momento de união e fortalecimento da democracia brasileira. Em entrevista coletiva no início do dia, ambos reforçaram o compromisso de que é preciso defender o legado dos governos petistas e que só haverá projeto de desenvolvimento se a questão ambiental for tratada como prioridade.

“A questão climática é séria a toda a humanidade. O Brasil não vai abrir mão nunca da soberania do nosso território. Nós assumimos um compromisso inédito contra o desmatamento da COP 15, em Copenhagen. Uma das coisas que pretendo fazer é restabelecer nossa confiança no cenário internacional para que possamos assumir novamente um papel de destaque nas discussões sobre o clima.”

Lula na CNN

Política Internacional

Lula falou da preocupação com a inabilidade de Bolsonaro em lidar com os demais líderes mundiais. Em entrevista à CNN, Lula afirmou hoje que pretende restabelecer as relações e o protagonismo internacional que o Brasil já teve.

O objetivo é atrair investimento externo, discutir a questão do clima com mais seriedade e propor debate sobre a representatividade no Conselho de Segurança da ONU.

“O Brasil tem que se fazer respeitar enquanto país grande, enquanto potência mundial na questão climática. Um chefe de Estado não pode escolher com quem conversar. Eu não quero discutir quem é melhor, China ou Estados Unidos, eu quero discutir o papel do Brasil. Ninguém gosta de lambe-botas. Vamos falar de igual e respeitar todo mundo.”

Lula na CNN

“A gente não pode continuar com um Conselho de Segurança representado pela geopolítica da Segunda Guerra Mundial. É preciso entrar país africano, é preciso entrar país latino-americano, é preciso entrar a Alemanha, é preciso entrar a Índia para que a gente possa, na questão climática, quando tomar uma decisão, ela ter validade para não precisar ser aprovado pelo estado nacional porque senão não funciona.”

Lula na CNN

“Nós vamos convencer as pessoas de que o Brasil é um bom negócio para fazer investimento novo. Não para vender empresa pública.”

Lula na CNN

Chega de Violência

Para Lula, é o comportamento de Bolsonaro que dita o clima de violência que se estabeleceu no País. Segundo ele, nunca presenciou tamanha belicosidade em toda a sua vida política, com mortes, humilhação do povo pobre e ataques políticos.

“Este País precisa de muita paz para voltar a crescer. Eu não quero governar o Brasil, eu quero cuidar do povo brasileiro, e é isso que vamos fazer a partir de 1º de Janeiro.”

Lula na CNN

Ao final de 50 minutos de entrevista, Lula encerrou deixando uma mensagem de paz e esperança ao povo brasileiro.

“O País precisa de paz para melhorar e crescer. Nós vamos ganhar as eleições para reconstruir a paz, para que a família brasileira possa voltar a ter esperança.”

Lula na CNN

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