Publicado em Jornal GGN –
Ex-superintendente da Odebrecht disse durante uma ação onde participa como testemunha na Justiça de São Paulo que “foi quase que coagido” para fazer relato à Lava Jato
Jornal GGN – Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, o ex-presidente Lula pediu acesso à íntegra do depoimento de Carlos Armando Paschoal, no caso do sítio de Atibaia.
O ex-superintendente da Odebrecht foi um dos delatores que relatou sobre as obras da empreiteira no sítio frequentado pelo ex-presidente. Ele agora é testemunha em uma ação de improbidade administrativa, que corre na 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.
Enquanto prestava depoimento para este último caso, na semana passada, o ex-diretor da Odebrecht foi questionado pelo advogado Igor Tamasauskas sobre o acordo de delação firmado com o Ministério Público federal (MPF) e por que, na colaboração, ele confessou “atos próprios, crimes próprios, ou improbidades próprias”
A resposta do ex-diretor pareceu um desabafo: “Sem nenhuma ironia. Desculpa, doutor. Precisava perguntar isso para os procuradores lá da Lava Jato”, disse completando:
“No caso do sítio, que não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o engenheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato.”
Quando o advogado pediu para Paschal explicar o que quis dizer com “construir um relato”, teve como resposta que seria o mesmo que “fazer um relatório” das obras.