Lula rebate Trump e defende respeito em negociações comerciais: ‘não adianta ficar gritando’

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Presidente brasileiro critica ameaças tarifárias dos EUA e reforça necessidade de diálogo entre os países

Por Débora Costa, compartilhado de CBN




Presidente Lula
Presidente Lula — Foto: Gustavo Moreno/STF

O presidente Lula criticou a postura de Donald Trump e pediu respeito dos Estados Unidos com o Brasil.

Em visita à fábrica da Fiat, em Betim, na região metropolitana de BH, o petista citou os tarifaços e ameças feitas pela Casa Branca a vários países e afirmou “que não adianta Trump ficar gritando ou fazendo cara feia”. O chefe do Executivo deu a declaração enquanto comentava os dados do PIB e da redução histórica de desemprego no Brasil.

“Pode ter certeza, a economia brasileira vai continuar crescendo, a gente vai continuar gerando emprego, a inflação vai baixar, nós fizemos a maior política tributária que esse país já viu na história e todo mundo vai ganhar, porque nós não queremos o Brasil para nós, nós queremos o Brasil para vocês. E é por isso que eu digo sempre, não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo, que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado. É assim que a gente vai governar esse país”, declarou Lula.

As críticas de Lula a Trump ocorrem após o presidente dos Estados Unidos anunciar que vai dobrar a tarifa sobre todos os produtos de aço e alumínio vindos do Canadá. Dessa forma, a partir de agora, as taxas vão subir para 50% no caso desses produtos canadenses. Trump ainda ameaçou “aumentar substancialmente” as tarifas de carros importados do Canadá, a partir de abril.

A medida anunciada nesta terça-feira é em resposta à província de Ontário, que, em reação ao tarifaço de Trump, impôs uma taxa de 25% sobre a eletricidade exportada para os Estados Unidos.

Na semana passada, o governo brasileiro iniciou tratativas com a Casa Branca para a negociação de um acordo com o objetivo de evitar a taxação de 25% sobre exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos. Até então, o Brasil tem adotado uma postura de diálogo com o país norte-americano.

Além de acompanhar a inauguração do novo centro de desenvolvimento de produtos de mobilidade híbrida-flex do grupo Stellantis, Lula também visita, ainda nesta terça-feira, uma usina da Gerdau, em Ouro Branco, na região Central do estado, maior produtora de aço do país.

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