Por José Sérgio Rocha, no Facebook –
O vídeo ruim do adolescente agredindo seu professor em sala de aula, durante a prova, numa escola de Rio das Ostras, e as imagens do candidato que dá aulas de metralhadora para alunos do Maternal, se completam e dão muito o que pensar.
Como teria sido a transição entre o Australopithecus Robustus – o último primata “de raiz” – e o Homo Habilis, o primeiro indivíduo do gênero humano, aquele que jogava pedra nos animais para conseguir um alimento? Ou, ainda, como conviveram os últimos Homo Erectus e os primeiros Homo Sapiens?
Os ancestrais superavam em quantidade seus descendentes até que um dia se igualaram e, finalmente, 120 mil anos atrás, os mais bem-dotados de cérebro se tornaram hegemônicos. O mundo melhorou muito, ainda que continue uma boa merda até hoje.
Pena que a mineirinha Luzia, de apenas 11 mil anos, encontrada em 1970 numa gruta de Pedro Leopoldo, não continua entre nós, mesmo fossilizada no falecido Museu Nacional, destruído por um incêndio, para testemunhar o que parece estar novamente acontecendo.
Um Australopithecus temporão – o candidato que quer ensinar tiro ao alvo nas creches – quer voltar para o início da Linha da Evolução. Torço para que receba uma lição das urnas já no primeiro turno, de preferência ficando em 3º lugar, ou menos ainda (sonhar não custa), junto com seu mestre general que condena a educação dada pelas mães e avós e pelo, talvez, pior elemento da trupe, o Homo Chicagoensis, que já está oferecendo o país em troca de cavernas para abrigar o eleitorado da Pedra Lascada, ê lasqueira!
Ocupem seus lugares e boa viagem para a Pré-História ou para o futuro que este país merece. Na melhor das hipóteses, seremos respeitadíssimos pelo resto do mundo e serviremos de exemplo de reação ao que parece ser uma tendência mundial de crescimento da extrema-direita. Na pior, quem sabe as cavernas terão ar-condicionado?
Pena que Luzia vá perder este capítulo da História Universal!