Por Valentim Frateschi* –
Quando pensei em falar sobre LGBTTT e homofobia, decidi fazer uma “série” com entrevistas com algumas amigas e amigos. Minha intenção é ouvir a voz dessas pessoas, é ouvir as experiências, os medos, inseguranças e superações dos (as) adolescentes considerados anormais.
Há uma média de um(a) LGBTTTT morto no Brasil a cada 28 horas. Suicídios e homicídios por conta da homofobia.
Vamos para a entrevista.
Madu (nome fictício):
Madu tem 15 anos e é bissexual. Ela é assumida e já sofreu preconceito. Madu não contou cenas específicas, mas disse que já perdeu alguns amigos e sua relação mudou com vários outros.
Ela sentiu atração pela primeira vez por uma pessoa com uns oito anos e foi por uma menina. Ela sofreu sozinha e se reprimiu, por isso teve medo de contar para a mãe, mas quando contou não foi reprimida.
Há algumas situações de “estranhamento” de alguns familiares quando está com alguma prima, por exemplo, mas não são de todos.
Madu mudou de escola recentemente e diz que no novo ambiente ouve algumas coisas preconceituosas, mas não são diretamente contra ela.
Eu tenho certeza de que ela é forte e que ela quer mais é que os preconceituosos se explodam, assim como eu. Ela só quer ser feliz…
*Nosso colunista de 12 anos, Valentim Frateschi dá continuidade aqui a série abordando a homofobia.