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Isso foi mostrado em um estudo realizado por Julián Macías Tovar, responsável pelas redes sociais do partido espanhol Unidas Podemos.
Jornal GGN – Milhares de contas criadas recentemente e sem seguidores colocaram a hashtag #BoliviaNoHayGolpe em apoio ao golpe sofrido por Evo Morales na Bolívia. Isso foi mostrado em um estudo realizado por Julián Macías Tovar, responsável pelas redes sociais do partido espanhol Unidas Podemos.
O especialista comprovou que, a partir de 10 de novembro, estas contas falsas usaram várias hashtags para tentar legitimar a saída de Evo Morales do poder e justificar a violência e a repressão contra os manifestantes que repudiam o golpe de Estado.
As contas nesta rede social têm servido para aumentar o número de seguidores dos principais atores que participaram do golpe, como o chefe do Comitê Cívico de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, e da senadora Jeanine Áñez, autoproclamada presidente interina.
Macías Tovar precisou que a conta de Camacho passou, em 15 dias, de 2 mil seguidores para 130 mil seguidores, 50 mil deles criados em novembro de 2019.
O mesmo ocorreu com Áñez que, nesse período, passou de 8 mil seguidores a 150 mil seguidores, e destas, 40 mil são contas criadas recentemente.
Ao analisar as contas de ambos os políticos, Macías Tovar contou mais de 68 mil contas falsas diferentes, que não foram detectadas pelo Twitter e continuam operando ainda que a rede social proíba o uso de robots para amplificar mensagens.
Outro estudo, difundido em 13 de novembro passado, mostrou que em somente dois dias foram criadas 4 mil contas falsas no Twitter e tentaram posicionar a hashtag #BoliviaNoHayGolpe.
Mesmo que a plataforma conte com um sistema anti-spam e tenha se dedicado a encerrar contas de chavistas e cubanos, não teve reação ante essas milhares de contas falsas antidemocráticas que apoiam o fim do Governo constitucional de Morales.
Analizando la conversación en twitter sobre el Golpe de Estado en Bolivia impulsado por @LuisFerCamachoV, puedo afirmar que también está detrás del golpe de estado fraudulento en redes con la creación de más de 60.000 cuentas falsas para influir y difundir fake news.
ABRO HILO pic.twitter.com/gKVo3m1TQW— Julián Macías Tovar (@JulianMaciasT) November 17, 2019
Tras el golpe de Estado en #Bolivia🇧🇴, en 2 días se crearon cerca de 4,000 cuentas de Twitter, para posicionar la etiqueta #BoliviaNoHayGolpe
La investigación la realizó el especialista en comunicación política Luciano Galup 👉https://t.co/i2GIgncgVW pic.twitter.com/SAwZeGDQeH
— teleSUR TV (@teleSURtv) November 14, 2019
Com informações da TeleSur.