Apenas cinco das 55 multas (9%) foram aplicadas até as 21h do dia 31 de outubro, quando os bloqueios ilegais afetavam 23 estados e o Distrito Federal
Compartilhado de Brasil 247
247 – Mais de 90% das multas aplicadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) contra os organizadores dos bloqueios antidemocráticos – promovidos por bolsonaristas que não aceitaram o resultado das eleições – foram emitidas após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ter determinado a desobstrução das rodovias e sinalizar que o diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, poderia ser preso em caso de descumprimento da decisão.
De acordo com o G1, um documento enviado pela corporação ao STF, datado de 6 de novembro, indica a aplicação “55 multas para pessoas e empresas que organizaram os atos pelo país entre os dias 30 de outubro e 6 de novembro. Apenas cinco das 55 multas (9%) foram aplicadas até as 21h do dia 31 de outubro, uma segunda-feira. Naquele dia, pelo menos 23 estados e o Distrito Federal registraram mais de 300 estradas fechadas. Os bloqueios haviam começado um dia antes, em 30 de outubro, depois de confirmada a vitória de Lula (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais”.
Na segunda-feira, Moraes determinou que a PRF liberasse as rodovias e autorizou que os estados fizessem uso das Polícias Militares para acabar com as manifestações ilegais. Na decisão, o ministro também determinou uma multa de R$ 100 mil a ser aplicada contra Vasques, caso ele não cumprisse a decisão, além de acenar com a possibilidade de prisão se a decisão fosse descumprida.