Via João Lopes no Facebook –
Por Sérgio Lírio, Carta Capital
Primeiro, o Banco Central reteve por um longo período o dinheiro enviado pelo governo português, parte da premiação. Depois, autarquias e museus federais no Rio de Janeiro, onde a cerimônia deveria ter acontecido no ano passado, alegaram falta de datas na agenda para não ceder seus espaços ao evento.
Foi preciso uma sobrinha de Nassar recorrer a autoridades portuguesas para que ele finalmente acontecesse no Lasar Segall, em São Paulo.
O descaso do governo brasileiro mostrou-se tão profundo que Helena Severo, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, parecia desconhecer o premiado. Severo chamou Raduan Nassar repetidas vezes de Raduan Nasser. Só pronunciou corretamente o nome do escritor no fim de sua explanação, constrangida, após ser corrigida pela plateia.
Não abriria mais a boca até o encerramento da tumultuada cerimônia.
Por Maria De Fátima Monteiro