Por Miguel do Rosário, para O Cafezinho –
Já virou lenda a inacreditável barriga da Veja quando reproduziu uma matéria, publicada na imprensa londrina (no dia da mentira), de que cientistas alemães haviam conseguido criar um híbrido entre o boi e o tomate.
O boimate tornou-se símbolo da decadência do jornalismo brasileiro, em especial da facção reacionária representada magnificamente pela revista Veja.
Desde então, a Veja produz boimates em série.
Hoje fiquei sabendo de mais um.
Há alguma semanas, Rodrigo Constantino, colunista da Veja, publicou um iracundo post repercutindo uma denúncia, feita por um procurador de Goiás, de que crianças brasileiras estariam sendo levadas para a Venezuela, para serem doutrinadas na ideologia bolivariana.
O procurador e o colunista basearam-se numa notícia, catada no site do governo venezuelano, que algumas crianças de uma comunidade do Brasil receberiam aulas de jornalismo comunitário.
Era boimate puro na veia.
A comunidade chamada Brasil fica no estado de Sucre, Venezuela.
Não tem qualquer relação com o Brasil. Não há sequer comunidade brasileira na cidade.