Conforme a jornalista Reiko Miura: “Após o suicídio do reitor da UFSC, agora perseguem o chefe de gabinete da reitoria, professor de Jornalismo Aureo Mafra de Moraes.
De Alceu Simões Nader“, no Facebook
A história todos já sabem: em outubro do ano passado, após 16 dias na prisão sem acusação de crime, mas por “obstrução à justiça”, e proibido de frequentar seu gabinete de trabalho, o ex-reitor da Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, suicidou-se, jogando-se do sétimo andar de um shopping center. No bilhete deixado no bolso da calça, indicou a motivação da trágica decisão: “Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade”
Do outro lado, a responsável pelo caso, delegada da PF, Érika Mialik Marena, incensada pelo oligopólio de mídia por ter feito parte da Lava-Jato, como sempre fazem, foi mandada pra bem longe: Sergipe.
Seus substitutos acham pouco fedido o rastro de merda deixado. Agora, perseguem o chefe de gabinete da reitoria, professor de Jornalismo Aureo Mafra de Moraes, por “suspeita de atentado à honra” da delegada.
Motivo: duas curtas entrevistas que ele deu à tevê universitária, durante o aniversário de 57 anos da universidade. Na entrevista utilizada para constrangê-lo, em seis segundos, ele lembrou da “reação da sociedade a tudo aquilo que nos abalou neste ano”, numa referência à morte do reitor.
E nada mais.
O responsável pela nova onda de perseguição é o delegado da PF, Germando di Ciero Miranda. Ele intimou o professor a apontar os nomes dos responsáveis pela organização dos festejos e saber quem autorizou os estudantes que aparecem na cena da entrevista com cartazes de protesto contra a morte de Canciller. Aureo respondeu que não sabia responder a essas questões, ressaltando que a universidade não interfere nem cerceia manifestações. Em troca, recebeu advertência e a obrigação de informar a polícia sobre “eventuais mudanças de endereço”.
Se isso não é ditadura, o que é então?”