Manu Castrum, este é o nome facebuquiano do nosso amigo Emanoel Castro Oliveira.
Repórter da alma do sertão, principalmente do nordestino, Manu é fotógrafo e escritor, mais do que tudo é um cronista daqueles que escrevem e fotografavam transmitindo o cheiro da poeira do tempo.
Vejam o texto que ele fez para a foto, também sua, de um ágil (sim, ágil) gato baiano:
“Todas as vezes que corto a estradinha de terra a caminho da minha cidade, antigo caminho de ferro por onde resfolegava uma locomotiva a vapor que ficou parada no ar, há uma esperança de encontro com esse gato tigrado, arredio, de olhos de “aço e ágata”.
Ontem ele me presenteou com esse salto. Ao modo da rã de Bashô, mas dela a se diferenciar, não foi possível ouvir o som de suas patas ao encontro de um passeio cimentado, silencioso, na leveza dos felinos.
Vontade de levá-lo para casa, mas não posso fazê-lo, pois o que mais amo nele é a sua essência vadia, não doméstica, sequer sei o seu nome.”