Leio, ao acaso, uma crônica de Affonso Romano de Santana na qual ele recomenda ao amigo, amante sofredor e com desejo suicida, uma internação para ler os poemas de amor de Camões, Drummond, Shakespeare, Vinícius, Paul Eluard e Neruda.
Drummond,por exemplo, é remédio eficientíssimo:
‘Carlos, sossegue, o amor / é isso que você está vendo: / hoje beija, amanhã não beija / depois de amanhã é domingo / e segunda-feira ninguém sabe / o que será. / Inútil resistir / ou mesmo suicidar-se. / Não se mate, oh não se mate, / reserve-se todo para / as bodas que ninguém sabe quando virão / se é que virão’.