Marcio Pochmann compara PEC 241 ao primeiro ato da Ditadura Militar

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Por Elineudo Meira, Portal Linha Direta – 

Presidente da Fundação Perseu Abramo concedeu entrevista para a TVLD, do portal Linha Direta

Em entrevista ao programa Direitos Humanos Urgente, apresentado por Julian Rodrigues, o economista e presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann falou sobre o afastamento da presidenta Dilma,  dos principais danos que a PEC 241 pode causar, além de analisar o cenário pós-golpe e sua agenda neoliberal.
No bate-papo, o economista analisou o afastamento da presidenta Dilma e suas implicações no  futuro. “Praticamente é um terceiro turno das eleições em que os golpistas foram, mais uma vez, derrotados nas eleições de 2014. Ali fica muito claro que uma parte da sociedade, representados pelos partidos de direita, não aceita a democracia”, explicou o economista.

Para Pochmann, é o mesmo processo que se assistiu em 1964. “Àqueles que fizeram o golpe em 1964, viviam concorrido em eleições anteriores, nos anos de 1950, e não tiveram êxito do ponto de vista eleitoral e o abandono da democracia foi a possibilidade deles estabelecerem esse programa novo, o que deu todo o roteiro do regime militar por 21 anos”, destaca.




“A PEC 241, guardada a sua proporção, é a mesma ação que esteve no ato institucional número 1″.

O economista também falou sobre a PEC 241. Segundo ele, guardada sua devida proporção, a medida pode ser comparada ao primeiro ato pós-golpe militar. “A PEC 241, guardada a sua proporção, é a mesma ação que esteve no ato institucional número 1. O ato institucional, o AI-1, depôs o presidente eleito João Goulart, naquele momento ele era vice e assumiu como presidente. Até aquele momento as eleições se votavam em presidente, e para o vice (…) Neste  ato institucional, o AI-1, está lá a definição do teto de gastos do setor público e uma vez instituído isso vem uma série de reformas no âmbito do PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo), a reforma trabalhista, com Fundo de Garantia, por tempo de serviço e o fim da estabilidade do emprego”, compara o economista.

Aperte o play e confira à íntegra da entrevista

Foto: Elineudo Meira 

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