Marielle Franco: ex-bombeiro preso tem BMW, Porsche e apartamento de R$ 2 milhões na Barra

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Um dos melhores amigos do ex-PM Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro que teria efetuado os disparos, já havia sido preso em 2019, foi condenado, mas cumpria pena em regime aberto, ostentando vida de luxo.

Por Plinio Teodoro, compartilhado da Revista Fórum




Reprodução/TV Globo

Preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Élpis, desencadeada na manhã desta segunda-feira (24), o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, cumpria pena em regime aberto após ser condenado em 2021 a 4 anos de prisão por obstruir as investigações sobre o assassinado da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes.

Suel era o dono do veículo que foi usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, o ex-policial vizinho de Jair Bolsonaro acusado de ser o autor dos disparos que acabaram com a vida de Marielle e de Anderson, no crime ocorrido em 14 de março de 2018.

Juntamente com o ex-PM Écio Queiroz, que dirigiu o carro, Suel é considerado um dos melhores amigos de Lessa. Ele teria salvo o autor dos disparos em Marielle em uma troca de tiros com assantantes no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca.

Novas informações obtidas pela PF a partir da delação de Elcio Queiroz colocam Suel como um dos criminosos que participaram do planejamento do assassinato de Marielle. O ex-bombeiro teria feito fez campanas contra a vereadora e levou carro usado no crime, um Cobalt, para ser desmanchado após o crime.

O ex-bombeiro já havia sido preso em 2019 por esconder as armas por uma noite após a prisão de Lessa. As armas teriam sido entregues a um dos comparsas, Josinaldo Freitas, o Djaca, incumbido de jogá-las no mar.

Na ocasião, a polícia ainda concluiu que Suel tinha um patrimônio incompatível com seu salário mensal como bombeiro, de cerca de R4 4,6 mil.

De acordo com as investigações, o ex-bombeiro é dono de apartamento luxuoso de frente para a praia na Barra da Tijuca avaliado em R$ 2 milhões. O condomínio onde o bombeiro mora é formado por três prédios de 27 andares, com piscina, bar, restaurante e academia. Com quatro quartos, os imóveis possuem cerca de 170 m².

Segundo a Delegacia de Homicídios do Rio, Maxwell também trabalha com compra e venda de carros importados. Na garagem da casa, os agentes encontraram um BMW X6 no valor de R$ 170 mil. O bombeiro já chegou a ter um Porsche Cayenne, avaliado em R$ 300 mil.

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