Por Davis Sena Filho para o Site Brasil 247 –
No decorrer de sua campanha eleitoral, Maria Osmarina Silva de Souza, a Marina Silva, disfarçou, manipulou e mentiu. A “Sonhática” deu declarações com ideias desconcatenadas, de forma proposital, pois sabedora que seu programa de governo está mais à direita do que o do tucano Aécio Neves, o outro candidato a presidente de espectro conservador, cujo partido, o PSDB, à frente o ex-presidente FHC — o Neoliberal I —, vendeu o Brasil.
Por seu turno, o “príncipe” dos sociólogos considerado “gênio” pelos burgueses, pequenos burgueses (classe média) e pelos jornalistas e seus patrões que militam no Partido da Imprensa Golpista (PIG) foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes. Marina compreende tudo isso o que ocorreu no poderoso País latino e sul-americano, mas foi cooptada pela Casa Grande, e, ao que parece, adorou seus salões luxuosos, bem como se deslumbrou. Quem nunca comeu melado quando come se lambuza.
O deslumbramento e a ingratidão, sobretudo, são os calcanhares de Aquiles de qualquer cidadão, ainda mais quando se trata de um político. Marina é uma mistura de FHC com Levy Fidelix. Só que usa saia. Sua dialética é propositalmente confusa, porque, na verdade, Marina é intelectualmente simplória e, por causa disso, suas teses políticas são frágeis e as argumentações para defendê-las pecam no que concerne a distinguir com clareza os conceitos do que é discutido.
A resumir: ela não comprova, por A + B, o que está a dizer e a defender. Esse processo “osmarinês” de ser e agir se torna explícito para quem a observa com acuidade e atenção. Por isso, a queda nas pesquisas, porque Marina tem dificuldade para convencer o eleitor, independente de sua classe social e nível de instrução, que pensa e reflete sobre o que a Marina afirma. Além disso, a maioria dos brasileiros tem origem pobre ou de classe média baixa, e sabe muito bem que sua vida melhorou nos últimos 12 anos de governos trabalhistas.
Essa é a questão fundamental e que incomoda efetivamente a direita brasileira, por saber que seus votos minguaram ainda mais nas classes populares e até mesmo nas classes médias. Reverter essa realidade requer um trabalho hercúleo da direita, que aposta todas as suas fichas na imprensa de negócios privados. Acontece que o poder midiático também tem limite. O limite é a urna, onde cada brasileiro, antes de depositar o voto, reflete sobre sua vida e de sua família, fator que, sem sombra de dúvida, é muito mais importante do que as opiniões dos editores, dos comentaristas, dos colunistas e dos repórteres empregados dos magnatas bilionários de todas as mídias cruzadas.
Magnatas economicamente poderosos e que se utilizam de suas mídias de concessões públicas para fazer oposição ao Governo Trabalhista e ao PT. Capitalistas influentes que decidiram protagonizar o embate político, de forma muitas vezes ilegal, porque a imprensa corporativa e de mercado tomou o lugar dos partidos de direita, a exemplo do PSDB, do DEM e do PPS, que estão inacreditavelmente tutelados e pautados pelo sistema midiático alienígena e privado. Por sua vez, pasmem, o PSB jogou sua história na lixeira e hoje tem uma candidata que atua à direita do candidato tucano, Aécio Neves. Seria cômico se não fosse trágico e surreal.
Voltemos à Marina. A candidata da Casa Grande, ou seja, dos banqueiros, dos setores mais conservadores da indústria e do comércio, dos coxinhas de classe média (que não suportam ver pobres freqüentar os lugares que eles freqüentam), das ONGs capitalistas e multinacionais, além de íntima dos interesses dos governos dos países ricos e hegemônicos, nunca administrou nada com competência. Quando titular do Ministério do Meio Ambiente durante quase seis anos, seus resultados foram pífios, sendo que em dois anos o seu sucessor, o deputado Carlos Minc, obteve resultados bem melhores do que os de Marina Silva. Quem não acredita, que vá pesquisar na internet e faça as comparações.
Marina Silva não dialoga. Impõe. Ela não tergiversa ou vacila quando se trata de concretizar seus interesses e os das entidades as quais representa. Chega a ser obsessiva. Marina se tornou uma política de direita, pois seu programa de governo atesta o que eu falo. A sua essência programática vai ao encontro de teses alienígenas, no que diz respeito a atender aos interesses do establishment internacional, mas contrários aos interesses do Brasil.
Proposições que tem por finalidade impor aos países do terceiro mundo e em franco desenvolvimento, a exemplo do Brasil, suas agendas no que é relativo à ecologia, à biodiversidade, aos diferentes ecossistemas, enfim, às florestas, aos mares, rios e oceanos. Marina participa dessa engrenagem multinacional com destaque mundial. E não poderia ser ao contrário, afinal a “Sonhática” é militante ferrenha dessas causas, além de ser candidata a presidente da República de um País que é a sétima maior economia do mundo e que se tornou protagonista de uma diplomacia não alinhada aos interesses dos EUA e da União Europeia.
Por sua vez, a candidata da “sustentabilidade” e da “nova política”, juntamente com o Aécio Neves, é a esperança dos setores burgueses mais conservadores de o Brasil voltar à sua condição subalterna e de dependência dos países ocidentais de caracteres colonialistas. Trata-se da nostalgia histórica do rico tutelado, bem como colonizado culturalmente e mentalmente. Marina Silva mostrou, no decorrer do tempo, ser sua carreira de viés oportunista e rancoroso, porque jamais aceitou ser preterida pelo presidente trabalhista, Luiz Inácio Lula da Silva, que escolheu Dilma Rousseff para ser candidata a presidente.
De acordo com Lula, a opção por Dilma se deve à competência, afinal a mandatária trabalhista luta pela reeleição e foi a principal agente do Governo Lula, no que tange à coordenação dos programas sociais e das obras de infraestrutura, que mudaram para sempre a cara do Brasil, um País que debelou a crise internacional de 2008, por intermédio do fortalecimento do mercado interno, das relações comerciais com novos parceiros através dos Brics, do Mercosul, da Unasul e das relações Sul-Sul, em termos hemisféricos.
Emprego e renda: eis as bases dos governos trabalhistas de Lula e Dilma. E é exatamente isto que a direita brasileira quando esteve no poder nunca deu ao povo brasileiro. A direita antipovo, antinacional, entreguista, antidemocrática, golpista e historicamente escravocrata. A Resumir: a pior direita do planeta, porque pelo menos os partidos de direita e a burguesia dos países ricos o são nacionalistas, bem como os coxinhas estrangeiros, o que não acontece com os colonizados pequenos burgueses brasileiros, que adoram ir a Miami, a Orlando e abraçar o Mickey para dar uma de pateta.
Para quem ainda tem dúvidas quanto às realidades que se apresentam, afirmo o seguinte: “Marina Silva é a direita, estúpido! Ela se deixou ser cooptada pela Casa Grande, que, desesperada, apoia qualquer candidato que possa derrotar o PT, mesmo se tal candidato tenha origem no Partido dos Trabalhadores. Quem nunca comeu melado quando come se lambuza. É o caso da “Sonhática”, aquela que ninguém entende o que ela fala. É isso aí.