Mário Marona pelo Facebook

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O Jornal Nacional de ontem exibiu um VT sobre a ação da polícia no protesto dos professores em greve.

A palavra PSDB foi pronunciada pela primeira vez na reportagem apenas depois que outras 308 palavras haviam sido ditas.




Foi, insisto, a 309ª palavra do VT.

A história inteira foi contada antes que os telespectadores tivessem sido informados sobre o partido a que pertence o governador que mandou reprimir os professores.

Para quem quiser conferir, eis o texto integral da reportagem do JN:

A polícia do Paraná reprimiu com bombas de gás e com balas de borracha um protesto de professores da rede estadual, que estão em greve. Sete pessoas foram presas e mais de 200 ficaram feridas.

Policiais da Tropa de Choque usaram bombas de efeito moral, jatos d’água, gás lacrimogênio e gás de pimenta para dispersar os professores. O Centro Cívico, onde ficam o Palácio do Governo e a Assembleia Legislativa do Paraná, foi palco de cenas de violência nesta quarta-feira (29) à tarde.

A Prefeitura de Curitiba diz que cerca de 200 manifestantes ficaram feridos. Um repórter cinematográfico da Rede Bandeirantes foi atacado por um cachorro da Polícia Militar. Ele está internado e vai passar por cirurgia. A Secretaria de Segurança Pública informou que 20 policiais também se feriram. O repórter Diego Sarza acompanhou um dos momentos mais tensos.

O gás lacrimogênio se espalhou pela região. Nas creches próximas ao Centro Cívico as crianças tiveram de ser retiradas às pressas.
Os professores queriam acompanhar as sessões de votação de um projeto do governo, que mexe no fundo de previdência dos servidores públicos. Mas foram impedidos de entrar na Assembleia Legislativa.

Desde domingo (26), centenas de policiais cercam o palácio do governo e a Assembleia, a pedido do presidente da casa, o deputado estadual do PSDB Ademar Traiano. Ele alega que a medida é para evitar vandalismo.

Em fevereiro, os funcionários estaduais ocuparam a Assembleia Legislativa para evitar a votação da proposta de mudança na previdência. A greve terminou depois de 29 dias. Os professores retomaram a paralisação esta semana e dizem que não houve acordo sobre as mudanças na previdência.

“Nós queremos ter o direito de dizer aos deputados que eles têm a possibilidade de votar contra o projeto do governo. É isso que nós queremos”, afirma Marlei Fernandes, Sindicato dos Professores- PR.

O governador Beto Richa, do PSDB, disse que os manifestantes começaram a confusão.

“Os policiais ficaram parados protegendo o prédio público conforme a determinação do Judiciário. Na medida em que os manifestantes avançam nos policiais, eles têm que reagir. E temos imagens que mostram pessoas infiltradas que não são do movimento dos professores, que radicalizavam, que queriam arruaça, promover o confronto, queriam a baderna, depredação do patrimônio público. E essas pessoas estão presas”, diz Beto Richa (PSDB), governador do Paraná.

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