Mauro Cid levantou o tapete e sujeira vai além das joias e certificado de vacinas, diz a PF

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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está em fase de “pré-delação” e começou a entregar tudo o que sabe

POR JULINHO BITTENCOURT, compartilhado da Revista Fórum




Mauro Cid levantou o tapete e sujeira vai além das joias e certificado de vacinas, diz a PF
Mauro Cid em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas. Youtube

O ex-ajudante de ordens Mauro Cid resolveu não só contar tudo como também colaborar com as investigações da Polícia Federal (PF) que envolvem seu ex-chefe, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ele está em fase de “pré-delação”, momento em que o investigado entrega tudo o que sabe. Só após isso é que os investigadores irão avaliar se há ou não consistência para uma delação premiada.

Fontes ouvidas pelo blog de Natuza Nery, da GloboNews, dizem que o ex-ajudante de ordens pode ir além do caso das joias sauditas, além do próprio fluxo financeiro de Bolsonaro.

Uma nova linha de investigação, que ainda não foi revelada, pode surgir a partir daí.

A situação de Bolsonaro e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, se complica cada vez mais. Nesta quinta-feira (31), o casal, o advogado Fabio Wajngarten e o ex-ajudante Marcelo Câmara resolveram ficar em silêncio em depoimento à PF sobre as joias.

Os outros quatro depoentes, no entanto, o pai de Cid, Mauro Lourena Cid; o ex-ajudante de Bolsonaro Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wasseff, optaram por responder às perguntas.

A casa, quando se divide, cai“, afirmou uma fonte da PF ao blog.

Enquanto isso, Cid continua falando. Ele já deu 22 horas de depoimento e não deve parar por aí.

Dino comentou silêncio

O ministro da Justiça, Flávio Dino, que antes de entrar para a política atuou por anos como juiz federal, evocou sua experiência como magistrado para interpretar o silêncio de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e os outros assessores envolvidos no escândalo das joias.

Segundo o ministro, quando investigados decidem ficar em silêncio diante de interrogatórios, é pelo fato de que falar poderia piorar a situação. 

“Fui juiz federal por 12 anos. E sempre dizia aos acusados: o interrogatório é um momento precioso para a autodefesa. Poucos abriam mão desse direito. E quando o faziam, era em razão da avaliação deles de que falar era pior do que calar. A experiência sempre ensina muito”, escreveu Dino em seus perfis nas redes sociais. 

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