Por Kiko Nogueira, publicado em DCM –
O último despacho de Sergio Moro ao TRF 4 para impedir que a defesa de Lula ouça Tacla Duran é revelador do sentimento do juiz em relação ao ex-advogado da Odebrecht.
Transcrevo um trecho:
“Aliás, referido acusado foragido já prestou declarações graves e desacompanhadas de provas contra a pessoa do ora magistrado e contra os Procuradores da República em Curitiba, com intuito, por ele mesmo declarado, de gerar impedimentos jurídicos, o que não contribui para sua credibilidade”.
Será que não está na hora de trazer Carlos Zucolotto Junior, o amigo de Moro, ex-sócio de Rosângela, para os autos? Como assim as denúncias de Tacla Durán são desacompanhadas de provas?
Algumas evidências que já foram expostas pelo próprio Tacla em matérias que Moro chama de “descuidadas” (as boas são as que a Lava Jato emplaca com os amigos da mídia) e em seu depoimento à CPI da JBS:
1. Foto periciada de conversa nada republicana de Zucolotto com Tacla Durán.
2. Rosângela recebeu pagamento nominal por serviço prestado a Tacla Durán, conforme documento obtido pela Receita Federal e em mãos do MPF-PR.
3. Tacla Durán possui duas perícias relacionadas aos documentos dos sistemas Drousys, MyWebDay, além do Meinl Bank.
4. Perícias também mostram que os sistemas da Odebrecht foram fraudados ANTES, DURANTE e DEPOIS do bloqueio pelas autoridades.
Moro menciona apenas os procuradores em Curitiba e não Marcelo Miller, de Brasília, alvo de acusações pesadas de Tacla Durán.
Sem querer, entregou Deltan Dallagnol, possivelmente o “DD”, e Carlos Fernando dos Santos Lima. comentaristas de redes sociais.
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