Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, no Facebook
A PF de Curitiba, que hierarquicamente responde a Moro, tenta melar a entrevista de Lula agendada para Folha de S.Paulo e El Pais.
A entrevista, solicitada há meses, foi barrada arbitrariamente pelo ministro Luiz Mato no Peito Fux na época da eleição. Liberada agora, já que não poderá mais influenciar na eleição presidencial, o que faz a PF?
Tenta “revolucionar” a prática e a ética jornalística e convida outros veículos para testemunharem o encontro com Monica Bergamo (Folha de S.Paulo) e Florestan Fernandes Júnior (El Pais).
Entrevista com platéia de concorrência não existe. Registre-se, para quem não é do meio, que a busca por informações exclusivas é um dos legítimos e básicos princípios do bom Jornalismo. Pois a PF malandramente convidou sites de extrema-direita para a entrevista de Lula.
O que queria o pessoal de Moro? Primeiro, melar a coisa. Segundo, tornar sem sentido a exclusividade, já que obviamente qualquer repórter que testemunhasse a conversa sairia da PF e noticiaria o conteúdo, “furando” os dois veículos que há meses batalham pela entrevista.
Parece que o ministro Lewandowski barrou a palhaçada dos jecas. Mas que medo esse bando tem de Lula mesmo preso, hein?